Terra Celta fala da influência da música folclórica irlandesa e escocesa

terra-celta-virada
Foto: Divulgação

A banda londrinense Terra Celta se apresenta neste sábado, 20, às 18h, no Sesc Vila Mariana, durante a Virada Cultural. Os caras levarão ao palco sua mistura de música folclórica irlandesa e escocesa, com letras engraçadas e figurino especial. Aproveitamos para conversar com o vocalista Elcio Oliveira que nos contou sobre as influências da banda, também a experiência de tocar em três edições do Rock in Rio, entre outros assuntos. Confira abaixo.

O grupo é formado por Elcio (vocal, violino, gaita de fole e nyckelharpa), Alexandre Garcia (acordeom), Edgar Nakandakari (banjo, mandolin, tin whistle, clarinete, gaita de fole e Hurdy Gurdy), Luiz Fernando Sardo (bateria e percussão), Eduardo Brancalion (guitarra, violão e bouzouki) e Bruno Guimarães (baixo).

LIGADO À MÚSICA: Como surgiu o Terra Celta?

ELCIO OLIVEIRA: A banda surgiu em 2005, tive a ideia após assistir a uma banda irlandesa, chamada The Murphy’s Law num pub em São Paulo durante as comemorações de “St Patrick’s Day”. A experiência foi muito bacana, reuni material graças a ajuda de alguns amigos de São Paulo e decidi montar um trabalho cunhado em música celta em Londrina. Procurei o acordeonista Alexandre, com quem já havia trabalhado em outro projeto, o baterista Luis Fernando e o Edgar, que na época tocava baixo, fizemos alguns ensaios e nos apresentamos em bares e teatros da região. Quando fomos contratados 2 anos depois para animar a festa de St Patrick em um pub, em São José do Rio Preto, percebemos que precisávamos de canções bem animadas, daí veio a ideia de compor com letras em português para que o público participasse cada vez mais do show. Em 2008 entraram no grupo o baixista Bruno e o guitarrista Eduardo, o número de composições começou a aumentar e em 2010, quando lançamos nosso segundo CD, “Folkatrua”, já tínhamos um show totalmente autoral.

LIGADO À MÚSICA: A banda faz uma mistura de música folclórica irlandesa e escocesa, com diferentes instrumentos. Como chegou a nessa sonoridade?

ELCIO: Sob um leque enorme de possibilidade de timbres e combinações de instrumentos e sem um estilo definido fomos construindo empiricamente o que hoje é a nossa identidade, testamos arranjos, canções e algumas funcionaram outras não, algumas funcionaram por um tempo e outras estão até hoje no repertório da banda.

terra-celta-las-vegas
Foto: Diego Moita

LIGADO À MÚSICA: Vocês tem tocado em diversas edições do Rock in Rio, inclusive na primeira edição em Las Vegas. Como tem sido essa experiência?

ELCIO: Sem sombra de dúvida, nossos momentos mais marcantes foram as participações nas três últimas edições do festival Rock in Rio. Participamos como atração do palco Rock Street em 2013 no Rio e a experiência foi tão boa que repetimos a dose em 2014, em Lisboa, com uma receptividade incrível do público. Em Las Vegas, neste ano, a experiência foi mais desafiadora, encaramos um público com uma cultura bem diferente da nossa, com a missão de promover toda interatividade em uma língua estrangeira… DEU CERTO, foram publicadas várias matérias sobre o festival e na maioria delas uma nota enaltecendo nosso trabalho como uma das surpresas do festival.

LIGADO À MÚSICA: A banda vem se destacando por conta do som ou pelas letras divertidas? O que vocês acham?

ELCIO: Ambos, os refrões ajudam a lembrar a música, mas nossa sonoridade tem se mostrado nossa maior identidade, no mercado nacional não há nada parecido.

LIGADO À MÚSICA: Vocês também se preocupam com o visual. Existe alguma referência?

ELCIO: Referências no universo celta, e Steampunk.

LIGADO À MÚSICA: O grupo toca neste sábado no Sesc Vila Mariana, durante a Virada Cultural. O que estão preparando para o show?

ELCIO: Nenhuma novidade, talvez… São Paulo sempre nos recebeu com muito carinho, vamos divulgar nossa nova música e fazer todo mundo dançar!

LIGADO À MÚSICA: Quais os planos futuros do Terra Celta?

ELCIO: Trabalho com uma remuneração mais justa… é sério, é nisso que acreditamos, o resto é consequência do nosso esforço e dedicação, é uma resposta nada romântica confesso, mas se não encararmos desta maneira, vêm frustrações, ansiedade e desentendimentos. Preferimos os pés no chão, vibrarmos com nossas conquistas… deixemos o romantismo e o subjetivismo para as canções (risos).

LIGADO À MÚSICA: Quer deixar algum recado à galera do Ligado à Música?

ELCIO: Se liguem na música do Terra Celta!