‘Rocketman’ explora glamour e bastidores da carreira de Elton John

‘Rocketman’ explora glamour e bastidores da carreira de Elton John

Quando se fala de rockstar, logo vem à cabeça um cenário de glamour, regado de festas, grana e sucesso. No entanto, o lado humano do artista é deixado para trás.

Dirigido por Dexter Fletcher, “Rocketman” mostra os bastidores e excessos da vida de Elton John, interpretado por Taron Egerton. O longa, que estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (30), conta a história do músico inglês desde a infância.

O drama em torno do filme ganha uma certa leveza por conta dos números musicais com clássicos de Elton John durante os 121 minutos. Aliás, as canções que rolam em “Rocketman” foram regravadas por Egerton, que viveu intensamente o artista.

A história é narrada pelo personagem principal durante uma reunião de dependentes químicos. A partir daí, Elton relembra sua infância difícil em um relacionamento nada amigável com os pais. O tímido garoto Reginald Dwight (nome real de Elton John) aparece diversas vezes tentando se aproximar do pai quando é ignorado.

O pianista prodígio então se entrega à música e decide ser um rockstar. Para aprimorar sua técnica no piano, o garoto ganha uma bolsa de estudos em uma conceituada escola de música.

Já adolescente, o futuro artista muda o nome para Elton John, em referência a um amigo e ao seu beatle preferido, John Lennon. O músico segue sua trajetória como convidado para tocar com diversos cantores da soul music. Neste momento, ele tem sua primeira experiência homossexual ao ganhar um beijo de um dos cantores.

Mas Elton queria mesmo estar na frente dos holofotes quando tenta um contrato com uma gravadora. Foi lá que recebeu algumas composições para criar arranjos. As letras eram do futuro amigo Bernie Taupin, interpretado por Jamie Bell. A partir do primeiro encontro, a relação se torna tão próxima como dois irmãos.

Taron Egerton é Elton John em ‘Rocketman’ (Fotos: Paramount Pictures)

A carreira de Elton John explode depois de um show no Troubadour, em Los Angeles, agendado já pela gravadora. Nessa passagem pelos Estados Unidos, a estrela conhece o empresário John Reid, vivido por Richard Madden. A relação entre os dois é intensa, como amor e ódio. Aliás, ambos tem um relacionamento e protagonizam uma cena “bem quente” no filme.

O sucesso de Elton continua decolando, assim como os excessos. O músico passa por um momento difícil ao brigar com o empresário, também discute com o amigo compositor e tenta se matar. Isso tudo se passa no final da década de 1970.

Como qualquer cinebiografia, acaba faltando alguns momentos da vida pessoal do personagem, como também profissional. Mas vale lembrar que se trata de um filme com seus devidos clichês e licenças poéticas na cronologia.

Isso não compromete o brilho da obra, pelo contrário. Falando em brilho, os clássicos trajes e óculos exagerados de Elton John estão presentes o tempo todo, assim como suas performances icônicas. A obra deve atrair um público mais amplo por conta do sucesso de “Bohemian Rhapsody”, além dos fãs de Elton John, claro.