Max Cavalera: ‘Deveríamos ter demitido aqueles dois e mantido o nome Sepultura’

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Max Cavalera comentou sobre a decisão de formar o Soulfly após sua saída do Sepultura em dezembro de 1996. Em entrevista ao Metal Insider, o vocalista e guitarrista falou sobre o momento difícil que passou: “Bem, olhando agora, foi um momento muito difícil na minha vida, um período muito difícil, porque eu nunca pensei em deixar a banda”, disse. “No primeiro mês, eu sequer queria tocar mais, eu estava, tipo, ‘já deu para mim’. Eu só queria ficar bêbado e não dava a mínima. Mas então, aos poucos, comecei a escrever algumas coisas e foi legal, porque resgatei os mesmos elementos que tinha feito antes, os riffs, estruturas, coros, tudo isso foi muito semelhante. Mas foi um momento difícil e eu estou feliz que acabou – nunca mais quero voltar por tempos como aqueles”.

E continuou: “Muita gente realmente gostou do primeiro álbum do Soulfly, muitos dizem que é o seu favorito. Talvez seja porque houve um pouco de desespero no disco [risos]. É uma espécie de como você perdeu tudo e teve que recomeçar com o que você tem”.

“O Sepultura realmente estava perto do meu coração. Era como se fosse meu filho. Agora, passados todo esse tempo e eu pensando sobre isso, Igor [Cavalera] e eu deveríamos ter apenas demitido aqueles dois idiotas [se referindo a Andreas Kisser e Paulo Xisto] e mantido o nome. Por que não fizemos isso, eu não sei. Naquela época, não tínhamos a visão de fazer isso, então eu simplesmente saí”.