Horror Expo é confirmada para 2020; confira possíveis atrações internacionais

Horror Expo é confirmada para 2020; confira possíveis atrações internacionais

Fotos: Marcos Chapeleta

O Brasil recebeu pela primeira vez a Horror Expo, evento dedicado aos amantes do gênero horror/terror, no Anhembi, em São Paulo. De acordo com a produção, mais de 12 mil pessoas estiveram presentes durante os três dias da feira. O evento contou com a presença de atores internacionais, shows e experiências. Mas o grande destaque foi o próprio público que caprichou no visual.

Conversamos com exclusividade com o idealizador Victor Piiroja, que nos confirmou a próxima edição, marcada para os dias 02, 03 e 04 de outubro de 2020. “A próxima edição será no primeiro final de semana de outubro. Já está fechada a data no Anhembi”, revelou.

Entre os nomes dos convidados cotados para a Horror Expo 2020 estão o ator Kane Hodder, o Jason de “Sexta-feira 13”, como também um dos atores de “Jogos Mortais”, o vilão Tobin Bell. Confira a seguir a entrevista completa.

Ligado à Música: Como surgiu a ideia de criar a Horror Expo? A primeira convenção do gênero no Brasil.

Victor Piiroja: Eu tive um análise grande durante muitos anos pesquisando o que poderia funcionar de entretenimento de coisas diferente do que já existem. Tem feiras de videogame boas no Brasil, existem feiras de cultura pop interessantes que funcionaram muito bem e são os eventos que mais cresceram nos últimos cinco anos. E eu percebi que nenhum desses eventos davam a devida atenção pro mundo do horror. E o público do horror é muito apaixonado, é muito entusiasta e não tinha um espaço ali propriamente pra ele que fosse relevante. E eu pensei assim, se a gente unisse um evento de horror só de cinema seria pequeno ou só de literatura também seria muito nicho. Agora pensando em cinema, literatura, cultura pop, tecnologia e a parte de música, que nenhum desses outros evento dá tanta atenção assim, a gente teria um evento realmente interessante e cativante.

Ligado à Música: Vocês pegaram alguma referência pra criar essa? Chegaram a viajar pra fora pra pegar referência? Lá fora tem várias, como a Monsterpalooza.

Victor Piiroja: Eu fui pessoalmente pra Monsterpalooza, também na Spooky Empire. Existem feiras lá de parques temáticos e casas mal-assombradas, inclusive, só pra esses profissionais. Existem feiras de horror de efeitos especiais só pra cinema. Então, assim, eu fiz uma análise de campo, de visitar, de conversar pra entender como funcionava. Só que eu percebi que nenhuma dessas feiras tinha essa parte de experiência.

A experiência não é necessária nas feiras americanas porque você tem parques temáticos, tem o Universal, a Disney. A gente teve um caso de sucesso muito forte no Brasil que era o Noites de Horror do Playcenter, que sempre funcionou bem, o Castelo, era maravilhoso e de repente isso não tem tanto. O Hopi Hari faz umas ações muito interessantes também, mas cabe espaço pra desenvolver mais coisas. O Halloween tem crescido na América Latina e eu percebi que as pessoas conhecem e são entusiastas nos filmes grandes, nos blockbusters, tanto em séries como “Stranger Things”, ou música que é um fenômeno também. Os personagens dos anos 80, recria “It”, essa coisa toda, e eu percebi que poderia ser criado uma vitrine maior no cinema nacional de horror e tem espaço. A qualidade melhorou muito nos últimos 10 anos, tem muita coisa boa que não é conhecida. E você tem escritores de suspense e de terror que tem muito peso aqui. Então eu percebi que se unisse isso com um lado de experiência poderia ser algo diferente.

Ligado à Música: Esse é o papel de vocês, de “tirar das tumbas” essa galera.

Victor Piiroja: A gente trouxe cinco ônibus que fui buscar pessoalmente de um desmanche e a gente criou um labirinto com esses ônibus colados. Uma espécie de Walking Dead, com zumbis e tudo.

Ligado à Música: Eu dei uma passada lá e vi que tinha uns monstrinhos convidando a galera.

Victor Piiroja: É divertido isso. Você pega atores de extrema qualidade, os cosplayers estão maravilhosos.

Ligado à Música: Eu acho que é o grande destaque da feira. Os caras capricharam demais no visual.

Victor Piiroja: O entusiasmo é muito grande porque é como se fosse uma grande máfia, um grande gueto onde todo mundo se encontra e fala assim: “aqui eu posso!”.

Ligado à Música: E o que você achou do evento em si. Era o que vc esperava, pretende ter outros anos?

Victor Piiroja: Sim, sim. A próxima edição será no primeiro final de semana de outubro. Já tá fechada a data, aqui no Anhembi. O que percebo como promotor do evento, a gente sempre quer mais. E por mais que eu seja o idealizador, o investidor do evento, o evento é nosso, é de todas as pessoas que acreditaram e vieram ao evento. Uma feira acaba sendo um grande organismo vivo. Sabe, você precisa da perna, do pulmão, você precisa dos braços para desenvolver e ele vai ganhando vida própria. Então você pensa em um negócio e vê que dá pra crescer pra cá, dá pra trazer a realidade virtual, dá pra trazer cinema, dá pra trazer banda, aí dá pra trazer uma orquestra com trilhas de horror. A gente vai desenvolvendo e vai ganhando um peso enorme. Tem muita coisa pra explorar.

Ligado à Música: Pra finalizar, você já pensou em alguma atração para a feira no ano que vem? Já estão correndo atrás?

Victor Piiroja: A gente está conversando com o Kane Hodder, o Jason de “Sexta-feira 13”. Ainda não está fechado, mas ele já tem a data para o ano que vem, então provavelmente que a gente traga ele. E a gente tá negociando com um dos atores de “Jogos Mortais”, o Tobin Bell, que é o vilão.