Dire Straits Legacy e uma noite repleta de clássicos em São Paulo

Dire Straits Legacy e uma noite repleta de clássicos em São Paulo

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Fotos: Flavio Santiago

O Dire Straits Legacy, grupo que conta com ex-membros do lendário Dire Straits, se apresentou na quinta-feira (04), no Espaço das Américas, em São Paulo. Com um repertório coberto de hits e até mesmo com uma faixa inédita, a banda emocionou os presentes e fez um espetáculo à altura do legado do grupo original.

Com um atraso de poucos minutos, o Dire Straits Legacy subiu ao palco com “Private Invastigation”, do álbum Love Over Gold (1982). Talvez não tenha sido uma escolha certeira, a faixa é lenta e se encaixaria melhor no meio do show, mas de qualquer forma foi perfeitamente executada entre os oito músicos que estavam no palco e que desde o início demonstraram perfeita sincronia. Compensando a calmaria inicial, o primeiro clássico da noite, “Walk of Life”, veio para fazer o Espaço das Américas sair do chão. “Boa noite São Paulo, é bom estar de volta”, disse Phil Palmer.

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Formado em 2013 para alguns shows na Itália, o Dire Straits Legacy, como o próprio nome já sugere, é um projeto criado para manter vivo o legado do Dire Straits, sendo assim uma oportunidade de trazer ao público um pouco do que eram os shows da banda. “Mesmo depois de tanto tempo, as pessoas ainda querem ouvir as músicas da banda. Existem fãs que nem eram nascidos quando Mark parou de excursionar. Esse projeto é para eles”, declarou Phil Palmer em entrevista recente. Apesar de não contar com o lendário guitarrista Mark Knopfler, o projeto conta com alguns nomes de peso. Phil Palmer (guitarras e backing vocals) possui em seu currículo mais de 500 álbuns, tendo trabalhado também com grandes artistas do rock e do pop como Eric Clapton, Tina Turner, Bryan Adams, George Michael e muitos outros. Além dele, o Dire Straits Legacy conta com Alan Clark (pianos e teclados), Danny Cummings (percussões e backing vocals), Mel Collins (sax), Andy Treacey (bateria), Mickey Feat (baixo), Primiano Dibiase (teclados) e Marco Caviglia (vocais e guitarras).

Uma surpresa para o público paulistano foi a inédita “Jesus Street”. Mencionada por Phil na coletiva de imprensa que a banda concedeu dois dias antes, a faixa nunca havia sido tocada ao vivo e nem ao menos disponibilizada para os fãs. Apesar de não contar com Mark Knopfler, a música remete bastante ao clássico Dire Straits e foi muito bem recepcionada pelo público. O repertório continuava com um hit atrás do outro. “Romeo & Juliet”, “Six Blade Knife”, “Your Latest Trick” e claro, “Sultans of Swing”, foram executadas com perfeita maestria. Essa última sendo o auge do show, com Phil Palmer improvisando por mais de dez minutos nos solos, levando a plateia ao delírio. Vale ressaltar mais uma vez a sincronia dos músicos, que mostravam claramente estar se divertindo no palco.

“Vocês querem mais uma? Mais duas? Mais três? Mais nenhuma?, brincou Caviglia com o público antes do encore. Ainda havia tempo para mais clássicos no repertório. “Brothers in Arms”, “Money for Nothing”, “The Bug” e “Portobello Belle” foram as faixas executadas pelo Dire Straits Legacy para se despedir dos paulistanos, depois de praticamente duas horas de show. Com a proposta que o grupo apresenta, o Dire Straits Legacy conseguiu cumprir eficientemente a sua missão de trazer aos fãs um pouco do que eram as clássicas apresentações do clássico grupo de rock britânico.

Setlist

1. Private Investigation
2. Walk of Life
3. Expresso Love
4. Down to the Waterline
5. Romeo & Juliet
6. Tunnel of Love
7. Six Blade Knife
8. Setting Me Up
9. Sultans of Swing
10. Your Latest Trick
11. Jesus Street
12. On Every Street
13. Telegraph Road
Encore:
14. Brothers in Arms
15. Money for Nothing
16. The Bug
17. Portobello Belle