The Smiths: Morrissey pede para Johnny Marr não citá-lo em entrevistas
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Morrissey se incomodou ao ser citado por seu ex-parceiro de The Smiths, Johnny Marr, durante uma entrevista. Na ocasião, o guitarrista declarou à Uncut Magazine que o motivo dele não ser “próximo” do cantor é porque ambos são “muito diferentes”.
Em comunicado, divulgado no site Morrissey Central, o artista pede para Marr deixar de mencioná-lo em entrevistas. “Poderia, por favor, discutir sua própria carreira, suas próprias conquistas solo e sua própria música? Se você puder, você poderia, por favor, me deixar fora disso?”, escreveu Morrissey.
Ele continuou: “O fato é: você não me conhece. Você não sabe nada da minha vida, minhas intenções, meus pensamentos, meus sentimentos. No entanto, você fala como se fosse meu psiquiatra pessoal com acesso consistente e ininterrupto aos meus instintos. Não nos falamos há 35 anos. Quando nos conhecemos você e eu não tínhamos sucesso. Nós dois nos ajudamos a ser o que somos hoje. Você não pode simplesmente deixar assim?”.
Em resposta via Twitter, Johnny Marr escreveu o seguinte para Morrissey: “Uma ‘carta aberta’ não existe desde 1953, é tudo ‘mídia social’ agora. Até Donald J Trump tinha isso. Além disso, esse negócio de notícias falsas… um pouco 2021, sim?”.
A dupla esteve à frente do The Smiths por seis anos, lançando quatro álbuns juntos: The Smiths (1984), Meat Is Murder (1985), The Queen Is Dead (1986) e Strangeways, Here We Come (1987). Morrissey citou isso em seu post.
“Você me achou inspirador o suficiente para fazer música comigo por 6 anos”, disse ele. “Se eu fosse, como você diz, um monstro tão desagradável, onde exatamente isso deixou você? Sequestrado? Mudo? Acorrentado? Abduzido por extraterrestres vesgos? Foi VOCÊ quem tocou guitarra em ‘Golden Lights’ – não eu”.
Morrissey continuou: “Sim, todos nós sabemos que a imprensa britânica publicará qualquer coisa que você disser sobre mim, desde que seja cruel e selvagem. Mas você fez tudo isso. Siga em frente. É como se você não pudesse descruzar as próprias pernas sem me mencionar. Nosso período juntos foi há muitas vidas, e muito sangue correu debaixo da ponte desde então. Chega um momento em que você deve assumir a responsabilidade por suas próprias ações e sua própria carreira, com a qual desejo que você desfrute de boa saúde. Apenas pare de usar meu nome como clickbait”.
Por fim o cantor escreveu: “Por favor, pare. É 2022, não 1982”.
Dear @officialmoz . An ‘open letter’ hasn’t really been a thing since 1953, It’s all ‘social media’ now. Even Donald J Trump had that one down. Also, this fake news business…a bit 2021 yeah ?#makingindiegreatagain
— Johnny Marr (@Johnny_Marr) January 26, 2022