The Vintage Caravan – Arrival (Nuclear Blast)

Nota 9

12inchJacket_offsetO power trio The Vintage Caravan conta com fortes influências do hard rock e do heavy metal setentista, adicionadas a uma pegada stoner e com diversos elementos psicodélicos. A banda da Islândia foi formada em 2006 quando os integrantes Páll Sólmundur H. Eydal (vocal e baixo), Óskar Logi Ágústsson (vocal e guitarra) e Guðjón Reynisson (bateria) tinham por volta de 12 anos de idade. Desde então, os garotos vêm demonstrando uma capacidade musical incrível. Exemplo disso é o terceiro álbum, intitulado “Arrival”. Lançado em maio, o trabalho segue a mesma fórmula dos discos anteriores, trazendo um som de peso, com riffs pegajosos, um groove de baixo marcante e variações incríveis por parte da bateria. Imagine uma mistura de Black Sabbath, Deep Purple, Cream e Rush, é isso que a banda proporciona nesse disco. Em momento algum os islandeses tentam esconder a escola que tiveram, pelo contrário. A intenção do álbum é clara e mais do que direta. Talvez a influência mais notável seja por parte do guitarrista Óskar Ágústsson. Desde os primeiros acordes em “Last Day of Light” até os momentos finais da última faixa, “Winter Queen”, isso fica bem claro. É impossível ouvi-lo tocar e não se lembrar dos riffs pesados de Tony Iommi ou do feeling de Jimmy Page. A maturidade sonora do álbum é tamanha que fica difícil acreditar que são três garotos que fazem esse som. A fórmula é parecida com a que utiliza o Rival Sons, só que aqui com um pouco mais de peso.

Destaques do disco ficam com “Crazy Horses”, música que foi escolhida como single, também “Sandwalker” e a incrível “Innerverse”, que começa com um dos momentos mais calmos do álbum e do meio para frente se torna uma verdadeira paulada, com três minutos de um instrumental empolgante e surpreendente. A versão nacional ainda conta com duas belíssimas faixas bônus, “Say Hello” e “Five Months”. Não poderia deixar de comentar também sobre a belíssima capa de “Arrival”, com uma arte bem produzida e um toque retrô que nos remete aos discos da década de 1970.

Trabalho mais do que recomendado, cada música do disco é uma viagem diferente. Sempre trazendo aquela sensação de que o disco estava perdido em algum lugar daquela época. “Arrival” é uma das maiores surpresas do ano até agora.