Sum 41 faz apresentação enérgica em São Paulo

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Fotos: Patrícia Laroca/Rock na Mochila

Depois de duas turnês canceladas no país, o Sum 41 finalmente fez a sua estreia em solo brasileiro. Na última quinta-feira (08) o grupo se apresentou no Tropical Butantã, pelo Honorsounds Festival, juntamente com as bandas Backdrop Falls, La Raza e Strike. O público, que esperou praticamente 15 anos para ter a chance de assistir a banda por aqui, curtiu uma apresentação enérgica e agitada por parte dos canadenses.

Com trechos de “T.N.T.”, do AC/DC, “Master of Puppets”, do Metallica, e “Introduction to Destruction”, do próprio Sum 41, como introdução do show, a banda subiu ao palco com vinte minutos de atraso devido as outras bandas que se apresentaram no dia. “The Hell Song” foi a faixa escolhida para dar o pontapé inicial do show. “Como estão vocês?”, perguntou Deryck, que desde os seus primeiros momentos no palco corria e pulava sem parar, levando o público à loucura. “Over My Head (Better Off Dead)” fechou a dobradinha. A seguir veio “Fake My Own Death”, faixa do novo álbum “13 Voices”, trabalho responsável pela turnê da banda na América do Sul. Nesse momento, ocorreu então o primeiro grande moshpit da noite.

Quem assistia a performance do Sum 41 não podia imaginar que o vocalista e guitarrista Deryck Whybley, de apenas 36 anos, esteve à beira da morte em 2014. Devido aos exageros com a bebida, Whybley teve um colapso alcoólico e chegou a ficar três dias em coma e um ano sem conseguir andar. Em uma entrevista na qual o vocalista confessou que chegou a esquecer completamente como se tocava guitarra, Deryck declarou que estava tendo uma segunda chance de viver e que não iria desperdiçar dessa vez.

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Dando sequência ao show, o vocalista pediu para a banda parar de tocar no meio da faixa “Goddamn I’m Dead Again”, também do novo álbum e conversou com a plateia. “Eu não acho que vocês estejam prontos para o que virá a seguir, vamos lá São Paulo, vocês podem fazer melhor”. Deryck apresentou os guitarristas Tom Thacker e Dave Baksh e se retirou dos holofotes, deixando apenas as 12 cordas conduzirem o mosh. O grupo, que também contava com Jason McCaslin (baixo) e Frank Zummo (bateria), dava uma aula de presença de palco e agitação.

“O nome dele é Dave e ele pode tocar a porra que ele quiser!”, disse o vocalista apontando para Dave, que puxou a intro de “Paranoid”, do Black Sabbath. A introdução abriria sequência para “Grab The Devil By The Horns And Fuck Him Up The Ass”. “Walking Disaster” e “With Me”, clássicos do álbum ‘Underclass Hero’ vieram a seguir, ambos cantados em uma só voz pelo público.

Depois de “God Save Us All (Death to POP)”, foi o momento de Frank conduzir o seu solo de bateria. Com o grupo todo no palco “No Reason” trouxe a euforia dos presentes de volta, seguida por uma versão de “We Will Rock You”, do Queen, obviamente cantada em coro por todos. Antes da banda se retirar do palco, ainda houve tempo para “Still Waiting” e “In Too Deep”, duas pauladas que foram bem recepcionadas pelos fãs, que não parava um segundo se quer.

Após cantos de “Vamos, vamos, Chapê”, vindos de grande parte da plateia, o Sum 41 retornou ao palco para o encore. Os sucessos “Pieces”, “Makes No Difference” e, claro, o primeiro single de maior sucesso dos canadenses, “Fat Lip”, encerraram a participação da banda no Tropical Butantã. O Sum 41 fez a alegria dos presentes e trouxe uma apresentação mais do que enérgica para o público paulistano, fazendo valer a pena a espera de 15 anos. Vamos torcer para que a banda não demore tanto tempo para retornar.

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