Patrícia Coelho fala sobre o show ‘Rita Hits’, em homenagem a Rita Lee

Patrícia Coelho fala sobre o show ‘Rita Hits’, em homenagem a Rita Lee

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A cantora Patrícia Coelho está com o show “Rita Hits”, em homenagem a Rita Lee. O próximo show acontece, no Bar Brahma, nesta quarta-feira (25), data que comemora o aniversário da Cidade de São Paulo.

O repertório contará com sucessos de diversas fases de Rita, como da época dos Mutantes, Tutti Frutti e com o guitarrista e marido Roberto de Carvalho. “A ideia é causar mesmo a sensação de nostalgia, tentar ouvir as músicas nos tons originais”, disse Patrícia com exclusividade.

Clássicos como “Mania de Você”, “Caso Sério”, “Ando Meio Desligado”, “Lança Perfume” e “Doce Vampiro” estarão presentes na apresentação.

Patrícia será acompanhada no palco pelos músicos Icaro Scagliusi (guitarra), Lucke Marcos (baixo), Ricardo Topfer Maffi (bateria) e Ruben Cabrera (teclado).

Confira a seguir a entrevista com a artista sobre o tributo a Rita Lee, além de comentar sobre o lançamento de seu novo trabalho autoral.

LIGADO À MÚSICA: Como surgiu a ideia de fazer esse tributo a Rita Lee?

PATRÍCIA COELHO: Eu sempre fui muito fã da Rita Lee, muito. É uma das minhas cantoras prediletas, das nacionais. Eu sou muita amiga do Beto Lee, a gente é amigo de infância, e tem todo esse envolvimento. Meu primeiro disco que gravei solo foi com Lee Marcucci (Tutti Frutti), fazendo todos os baixos. Então tinha uma atmosfera total.

Eu recentemente fui fazer alguns shows na Alemanha, fiz em quatro anos seguidos. Aí fui levar um repertório de música brasileira, também um pouco de world music, tinha músicas inglesas também, e aí eu coloquei Rita Lee. Esse meu contratante na Alemanha ama música brasileira, então eu coloco um pouco de toda a história.

LIGADO À MÚSICA: E como é a aceitação lá com a música brasileira?

PATRÍCIA COELHO: É muito grande, principalmente na Alemanha. Lá está quase todo mundo na música eletrônica, então essa coisa de ter música orgânica como tem aqui muitos músicos que tocam, lá é mais raro. Então essa coisa de ver violão, um clima tropical e mais acústico eles amam. Acho que até por isso fui voltando mais vezes. Aí eu coloquei Rita Lee, uma música. Aí quando voltei de lá, tem um amigo meu que se chama Rodrigo Rodrigues, jornalista da ESPN, e perguntou: “Sabe o que eu acho que as pessoas iriam gostar de ouvir você cantar, até porque você se colocou como uma cantora pop/rock, acho que Rita Lee”.

Eu tentei fazer alguma coisa em 2002 com Rita Lee e acabou não saindo, não dando certo. Aí quando eu saí da casa dele, liguei o som no carro e estava tocando uma música da Rita Lee. Aí eu falei “isso é um sinal”. Então eu achei que era o momento de fazer uma homenagem dessa artista que amo. Eu juntei um time de músicos e fiz o primeiro show aqui no Drosophyla e foi muito bem. A gente também gostou do resultado e marcamos agora esse do Bar Brahma no aniversário de São Paulo.

LIGADO À MÚSICA: Tudo a ver, né. São Paulo, Bar Brahma, Rita Lee.

PATRÍCIA COELHO: Pois é, eu sou paulistana também. Uma homenagem da minha cidade, no aniversário da minha cidade, cantando músicas da minha artista paulistana favorita.

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LIGADO À MÚSICA: E o repertório? Como você escolheu as músicas?

PATRÍCIA COELHO: Quando eu fui fazer uma pesquisa dela, pensei: “Nossa quanta música!”. Eu tinha até esquecido, mais de trinta de vontade de cantar. Então eu misturo da época dos Mutantes, Tutti Frutti, dela com o Roberto de Carvalho também. Estou fazendo um pouco de várias fases dela.

LIGADO À MÚSICA: A Rita sabe desse tributo?

PATRÍCIA COELHO: Eu liguei para o Beto Lee e disse: “Estou pensando em fazer isso”.  Ele respondeu: “Ah, imagina, não precisa pedir para ela. Se quiser eu menciono e quando estiver com o tempo livre dos Titãs eu dou uma canja”. Mas ele falou “manda pau aí, eu vou ficar muito feliz de ver você fazer”.

LIGADO À MÚSICA: A banda é orgânica, tem baixo, bateria, teclado, guitarra.

PATRÍCIA COELHO: Isso, teclado mais por causa da fase anos 80. A gente está fazendo as versões originais, querendo manter não como cover, até porque a Rita Lee cantava muito mais agudo do que canta hoje em dia, mas é para causar uma nostalgia mesmo e tentar fazer o mais perto do original possível.

LIGADO À MÚSICA: Além do mais, a gente não tem mais o show da Rita Lee, né.

PATRÍCIA COELHO: Pois é, ela realmente não faz mais mesmo. A ideia é causar mesmo a sensação de nostalgia, tentar ouvir as músicas nos tons originais. Claro que com o tempo a gente vai colocando a nossa mão, a nossa cara. Mas a princípio gostaria muito de ter esse impacto de você estar ouvindo o disco.

LIGADO À MÚSICA: Como foi a escolha dos músicos?

PATRÍCIA COELHO: Os músicos são todos da cena do rock, da nova geração. São todos músicos atuantes, que tocam com o Paulo Ricardo e com outras bandas de rock nacional. Então achei que teria tudo a ver.

LIGADO À MÚSICA: Você também está com o outro projeto Rock Hits, com repertório internacional.

PATRÍCIA COELHO: O Rock Hits é para alternar, na verdade. Montei para cantar outras músicas que gosto, para treinar outros lados de compositores para poder alternar esse mês. O repertório de hoje é com artistas internacionais e fecho com Rita Lee. Coloquei Lou Reed, Beatles, Blondie, Led Zeppelin, e por aí vai. É para alternar esse show, mas é sempre bom ter alguma coisa a mais.

LIGADO À MÚSICA: Esse ano você está programando lançar algo autoral. Pode nos adiantar algo?

PATRÍCIA COELHO: São músicas autorais, sozinha ou em parceria. O disco vai se chamar “Lapin”, que é Coelho em francês. É um disco que venho produzindo faz um ano, trabalhando nas composições, gravando e estou finalizando agora em janeiro a mixagem e a masterização. A ideia é lançar agora depois do carnaval.

LIGADO À MÚSICA: O lançamento tem alguém por trás ou é independente?

PATRÍCIA COELHO: Eu estou independente, super independente. Estou agora na fase de buscar parcerias, tentar encontrar um selo para ajudar no lançamento, na assessoria, para montar estratégia mesmo. A única coisa que fiz independente foi ter gravado o disco e gravei um clipe com um amigo meu. Mas estou sim em busca dessas parcerias, até porque para a música chegar na melhor forma possível. Porque dá tanto trabalho, né, e às vezes a gente coloca na internet e a coisa se perde.

LIGADO À MÚSICA: Você pegou um momento bom da indústria no início dos anos 2000. Como você vê o mercado hoje em dia?

PATRÍCIA COELHO: Eu comecei meio que realmente na indústria, mas hoje se tem muito mais liberdade, eu acho, você é muito mais dono do projeto. Você tem as decisões artísticas, eu acho muito melhor artisticamente. Só que ao mesmo tempo, ninguém faz nada sozinho nessa vida, por mais que você seja um gênio, como o Prince. Até ele precisava de alguém para espalhar a música dele. Eu também sou de outra geração, então exige um outro cuidado, realmente.

SERVIÇO:
Patrícia Coelho no show ‘Rita Hits’
Data: 25 de janeiro (quarta/feriado), às 20h
Local: Bar Brahma (Salão Principal) – Avenida São João, 677, Centro – São Paulo/SP
Ingressos: R$ 25
Informações: http://www.barbrahmacentro.com/
Evento FB: https://www.facebook.com/events/247843072317242/