Com fogos e chuva de papel picado, Kiss encerra o Monsters of Rock
Em clima de festa, o Kiss encerrou a edição de 2015 do festival Monsters of Rock, na Arena Anhembi, em São Paulo. Os mascarados não pouparam os hits que fazem parte dos 40 anos de carreira. Antes da apresentação do quarteto, era possível ver clones dos músicos e fãs de várias idades com os rostos pintados iguais aos dos seus ídolos. Alguns preferiram se “preparar” na fila mesmo com a ajuda de maquiadores que vendiam o serviço por R$ 25.
Dos grupos que tocaram no decorrer no festival, no último domingo, 26, um dos destaques foi o Steel Panther. Seu hard rock bem-humorado levantou o público com músicas como “Pussywhipped”, “Party Like Tomorrow Is the End of the World” e “Death To All But Metal”. Assim como nos clipes dos caras, algumas garotas mostraram os seios durante o show. Uma delas foi inclusive convidada para subir ao palco e se exibir para o público.
O Accept mostrou que continua firme e forte ao tocar músicas novas como “Stampete”, do álbum “Blind Rage”, de 2014, como também o clássico “Balls To The Wall”, de 1983. O competente vocalista Mark Tornillo substituiu de forma respeitosa o cargo ocupado antes por Udo Dirkschneider. Sua voz, em alguns momentos, lembrou Brian Johnson, do AC/DC. Os novos integrantes, Christopher Williams (bateria) e Uwe Lulis (guitarra), também provaram que estão bem afiados na banda.
Vestidos como guerreiros medievais, o Manowar levou ao público seu “verdadeira metal”, assim como se auto-intitula. O som da banda ao vivo foi um dos mais altos do festival. O baixista Joey DeMaio fez questão de falar em português com a plateia elogiando o Brasil, também desejou melhoras à Lemmy Kilmister, do Motorhead, e mandou se foder quem não gosta de heavy metal e do Manowar. A apresentação ainda teve uma homenagem ao cantor Ronnie James Dio e ao cineasta Orson Welles.
O Judas Priest fez praticamente o mesmo show realizado no sábado, 25, mantendo a postura de “Rei do Metal”. A voz do vocalista Rob Halford, de 63 anos, continua impecável. A banda aproveitou bem o enorme telão no palco para ilustrar imagens de caveiras, correntes, labaredas e capas de discos. Os sucessos não faltaram, entre eles, “Painkiller”, “Breaking the Law” e “Living After Midnight”. Ainda rolou a tradicional entrada de Halford em sua moto no palco.
Então chegava a hora dos mascarados do Kiss subirem ao palco. Programado para começar às 22h30, o início na verdade aconteceu às 23h15, com uma grande cortina contendo o nome da banda caindo, seguido dos caras entrando em cena. O show contou com a mesma produção que a banda costuma fazer nos últimos anos, com direito à máquina fumaça e efeitos pirotécnicos. A apresentação começou com “Detroit Rock City”, “Creatures of the Night” e “Psycho Circus”, fazendo o público esquecer o cansaço devido ao dia inteiro de festival. Os agudos do vocalista Paul Stanley não são mais o mesmo de antes, porém, o “Starchild” compensou com o carisma em cima do palco. O frontman arriscou falar com a plateia, dessa vez em português, com frases como “vocês são demais” e “adoro bunda brasileira”.
Em seguida, foi a vez de Gene Simmons assumir o microfone para cantar “I Love It Loud” e “War Machine”. Na última, o baixista soltou fogo pela boca. A superprodução continuou com o “The Demon” cuspindo sangue e o guitarrista Tommy Thayer soltando disparos explosivos de seu instrumento no fim de “God of Thunder”. Outro momento especial, característico nos shows do Kiss, foi de Stanley “voando” no meio do público e cantar em seguida “Love Gun” em um palco secundário. No mesmo local, ele tocou os primeiros acordes de “Black Diamond”, essa cantada pelo baterista Eric Singer. O repertório também teve “Do You Love Me”, “Deuce”, “Hell or Hallelujah” e “Calling Dr. Love”, com os membros originais alternando os vocais. A única surpresa deste setlist foi com a música “Parasite”.
A última parte da performance contou com as canções “Shout It Out Loud”, “I Was Made for Lovin’ You” e, claro, “Rock and Roll All Nite”, com uma chuva de papel picado. Os fogos no final do show representaram o sucesso do festival. Que venha a próxima edição no ano que vem!
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