Com Adam Lambert nos vocais, Queen faz tributo emocionante a Freddie Mercury
Uma das principais atrações da edição de 30 anos do Rock in Rio, o Queen abriu a turnê brasileira na noite dessa quarta-feira, 16, com um show memorável no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. Com ingressos esgotados, a apresentação de 2h20 contou com os maiores sucessos do lendário grupo britânico. Sua formação atual conta com os integrantes originais Brian May (guitarra) e Roger Taylor (bateria), e o jovem cantor norte-americano Adam Lambert. Pouco antes de começar o show, um áudio de suspense ecoava pelas caixas de som, criando ainda mais expectativa entre os presentes.
Pontualmente, às 22h, a sombra de Brian May aparece na grande cortina com o símbolo do Queen que cobria o palco, para dar os primeiros acordes de “One Vision”. Assim que desceu o pano, a festa começou. Adam Lambert surgiu usando uma roupa de couro e óculos escuros, tirando gritos das meninas. Logo no início, o carismático cantor de 33 anos conquistou os presentes. Sem deixar esfriar, a banda emendou com a energética “Stone Cold Crazy”. O enorme telão arredondado, e iluminado, ilustrava as vibrações das cordas do baixo em “Another One Bites the Dust”. Neste momento, Adam e Brian seguiram para a passarela central, para delírio dos fãs que estavam ali próximos, para executarem “Fat Bottomed Girls”. Ainda teve na sequência “In the Lap of the Gods… Revisited” e “Seven Seas of Rhye”. Em “Killer Queen”, Lambert deitou em um sofá retrô, com um leque na mão, cheio de glamour. Depois disso, o ex-“American Idol” conversou pela primeira vez com o público: “Vocês estão se divertindo?”, anunciando em seguida “Don’t Stop Me Now”. O show continuou com os sucessos absolutos “I Want to Break Free” e “Somebody to Love”, com muitas palmas e Adam abusando de seus agudos.
Brian May nitidamente emocionado pelo carinho da plateia, agradeceu com um “beautiful Sao Paulo”. Em seguida, o músico conversou em português: “Tudo bem? Ótimo estar de volta”. No meio da passarela central, ele sentou em uma cadeira e pegou seu violão para cantar “Love of My Life”. A galera cantou em uma só voz a linda canção. Para o momento ficar ainda mais especial, eis que surge no grande telão o vocalista Freddie Mercury (1946-1991), cantando a outra parte da música. Foi emocionante. O guitarrista continuou nos vocais em “39”, mas antes, apresentou a banda de apoio. Além disso, May fez uma selfie em vídeo para “mostrar para o mundo”.
Quem assumiu também o microfone foi Roger Taylor. O baterista cantou a música “These Are the Days of Our Lives”. Mais uma vez, o eterno Queen Freddie Mercury apareceu no telão, mas agora em várias imagens da carreira. O ex-baixista John Decon também apareceu em uma das cenas, sendo muito aplaudido. Em seguida, o atual baixista Neil Fairclough ganhou seu espaço para um solo. Taylor voltou para a bateria, mas dessa vez no meio da passarela central. Na bateria principal, quem assumiu foi seu filho, Rufus Taylor. Os dois fizeram uma espécie de um duelo.
Adam então retornou ao palco para fazer um dueto com Roger Taylor em “Under Pressure”. Na capela, Lambert iniciou mais um clássico, dessa vez com “Save Me”. A surpresa da noite foi a presença da dançante “Ghost Town”, de Lambert. Na balada “Who Wants to Live Forever”, raios de luzes azuis deu um brilho bonito no ginásio. Um solo de Brian May antecedeu os sucessos “Tie Your Mother Down” e “I Want It All”. As muitas palmas em “Radio Gaga” empolgaram Adam que desceu na galera. Logo depois, o cantor levantou a gola de seu colete para “incorporar” Elvis Presley em “Crazy Little Thing Called Love”. Na reta final, ainda teve “The Show Must Go On” e “Bohemian Rhapsody”. Nessa última, Lambert cantou o início e Mercury, no telão, continuou o vocal. Por fim, os dois cantaram juntos em um final triunfante.
Depois de uma pausa, a banda retornou ao palco, com Brian May vestindo uma camiseta amarela do Brasil e Adam Lambert usando uma coroa e enrolado na bandeira brasileira. O encerramento não poderia ter sido melhor com “We Will Rock You”, com todos batendo palmas acompanhando a bateria, e “We Are the Champions”, com chuva de papel picado na cor dourada.
Uma coisa ficou clara ao assistir a apresentação: Adam Lambert não está ali para substituir o insubstituível Freddie Mercury. O rapaz tem personalidade e um grande talento, foi o que levou a estar à frente do lendário Queen. Graças a essa formação, outras gerações, como foi possível ver no local, tem a oportunidade de sentir a sensação de estar em um show superproduzido do grupo britânico. Brian May e Roger Taylor fizeram um tributo merecido à Mercury. Pode ter certeza que ele está feliz onde quer que esteja.
Confira a seguir alguns vídeos gravados por um fã.
https://www.youtube.com/watch?v=PLYYErUX-Qc
https://www.youtube.com/watch?v=mghx5pmRYrA
https://www.youtube.com/watch?v=i1_v7H9pNlI
https://www.youtube.com/watch?v=6kaJBohchxQ
https://www.youtube.com/watch?v=k-hZfm5gJZ0
https://www.youtube.com/watch?v=lJsDZkuoAUU
https://www.youtube.com/watch?v=ffvGNpopVwc
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