Tarja esbanja simpatia e carisma em show em São Paulo

Tarja esbanja simpatia e carisma em show em São Paulo

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Fotos: Leandro Almeida

Esbanjando simpatia, como já lhe é de costume, a cantora finlandesa Tarja Turunen se apresentou no último sábado (20), no Tom Brasil, em São Paulo. O show fez parte da turnê “The Shadows Shows World Tour”, que vem promovendo os mais recentes trabalhos de estúdio de Tarja, “The Shadow Self” e “ The Brightest Void”  lançados em 2016. A abertura do show ficou nas mãos da banda brasileira ‘Armored Dawn’.

Pontualmente as 22:00 horas, conforme havia sido anunciado, as luzes da casa se apagaram e o cenário foi coberto por fumaça cenográfica. Apesar de ter completado apenas um ano e meio do último show da cantora em São Paulo, os fãs estavam eufóricos e histéricos com os primeiros sinais de que o espetáculo iria começar. “Demons in You”, faixa do novo álbum “The Shadow Self” deu o pontapé inicial e foi muito bem recepcionada pelos presentes. “Estou muito feliz por estar aqui. Meu deus, eu estava com tanta saudades”, disse Tarja para o público. “500 Letters”, sucesso do disco “Colours in the Dark”, fechou a dobradinha introdutória.

Com talento vocal de sobra, focado principalmente no canto lírico e erudito, a introdução de “No Bitter End” veio em um trecho acapella cantado por Tarja, mas logo a calmaria foi engolida pelos riffs de guitarra de Alex Scholpp, trazendo o peso original da canção. A melancolia de “Lucid Dreamer”, veio a seguir. “Essa é uma música obscura, vocês gostam? Escrevi quatro anos atrás”, anunciou a vocalista antes da faixa. Durante essa, Tarja se abaixou e ficou ali por algum tempo, como uma espécie de ritual. Em seu fim, o nome de Tarja foi cantado em coro pelos presentes. A vocalista, sempre carismática, agradeceu: “Muito obrigado. É um prazer estar aqui. Amo vocês”. A faixa “Shameless” veio a seguir.

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Depois de “Calling from the Wild”, que Tarja introduziu como ‘uma canção sobre nossa belíssima natureza’, a vocalista se retirou do palco. Com uma banda de apoio diferente da de sua última passagem pelo país, em 2015, os músicos que estavam com Tarja mostravam bastante qualidade em seus respectivos papeis em cima do palco.  Kevin Chown (baixo), Christian Kretschmar (teclados), Max Lilja (violoncelo), Alex Scholpp (guitarra) e Timm Schreiner (bateria) mostraram não dever nada para os outros integrantes e garantiram o peso da noite, entretendo o público enquanto a vocalista não voltava.

Tarja retornou ao palco com outro figurino e trouxe junto uma série de surpresas. A primeira delas foi uma versão inusitada de ‘Supremacy’, do Muse, com ótimos arranjos vocais por parte da finlandesa, que ainda ergueu uma bandeira do Brasil. Seguindo, foi a vez da cantora trazer um pouco do passado glorioso que ajudou a fazer seu nome no meio do metal melódico, com um medley de Nightwish. “Muito obrigado, vocês estão comigo por mais de 20 anos, isso é incrível”, disse Tarja. Para a loucura dos fãs, “Tutankhamen”, “Ever Dream”, “The Riddler” e “Slaying the Dreamer” foram tocadas em sequência. Como se os presentes já não estivessem eufóricos o suficiente, mais um medley, dessa vez acústico e com faixas da carreira solo de Turunen, veio a seguir com “Until Silence”, “The Reign”, “Mystique Voyage”, “House of Wax” e “I Walk Alone”, essa última cantada de ponta a ponta pelo público. Antes do peso de “Love to Hate”, Tarja recebeu um buquê de flores de um dos presentes.

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Ainda havia tempo para mais uma canção antes da primeira retirada de palco, inclusive uma delas sendo o auge do espetáculo. O hit “Victim of Ritual”, uma das faixas mais famosas da carreira solo de Tarja, veio em seguida e foi o ápice da sincronia entre os fãs e Tarja, cantado em uma só voz, a finlandesa agradeceu a todos e se retirou, mas todos sabiam que ainda havia o encore. Voltando poucos minutos depois, novamente com outro figurino, Tarja e sua banda de apoio executaram “Innocence”, “Die Alive” e claro, “Until Last Breath”, fechando com chave de ouro mais um show em São Paulo.

Mais uma vez, Tarja fez um espetáculo a parte, e melhor ainda, esbanjando simpatia e carisma. Não que alguém esperasse algo diferente disso, pois o público paulistano está acostumado a poder contar com as passagens da finlandesa na cidade em todas as suas turnês. Valeu a pena para quem decidiu sair na noite friorenta de sábado, e com certeza deixou aquele gostinho de quero mais, pois as duas horas passaram em um piscar de olhos.

Set:
Demons In You
500 Letters
No Bitter End
Lucid Dreamer
Shameless
Calling From The Wild
Supremacy (Muse cover)
Tutankhamen / Ever Dream / The Riddler / Slaying The Dreamer (Nigthwish medley)
Until Silence / The Reign / Mystique Voyage / House of Wax / I Walk Alone (acoustic medley)
Love To Hate
Victim Of Ritual
Undertaker
Too Many

Encore:

Innocence
Die Alive
Until My Last Breath