Roger Waters encerra turnê no Brasil com performance apoteótica em SP
Fotos: Divulgação/Marcos Hermes
Roger Waters realizou duas apresentações no Allianz Parque, em São Paulo, no último final de semana. Estivemos presentes na noite de sábado (11), primeiro show da turnê This Not a Drill na capital paulista, onde presenciamos um espetáculo de luz e som.
Em uma apresentação pontual e impecável, com a presença não uma mas de quatro telas retangulares e imensas, a direção de imagem poderia mostrar tanto o palco completo quanto partes dele, de músicos específicos ou de clipes das canções.
Waters fez uma apresentação de 2h30, com clássicos do Pink Floyd e algumas de sua carreira solo, que emocionou as 47 mil pessoas presentes no estádio. Durante a performance, o músico usou as canções para protestar contra atos de guerra, racismo, genocídios e abusos de presidentes, que ele classifica como criminosos de guerra.
O público foi avisado em letras gigantescas projetadas no telão, que, caso alguém ali goste das canções do Pink Floyd mas discorde das ideias do Roger, que “vaze” para o bar.
Tivemos a presença de um porco inflável, acompanhado de uma ovelha, fazendo menção à canção “Sheep”, quarta faixa do álbum Animals (1977). Outro momento especial ocorreu com a execução de “Wish You Were Here”, um dos principais clássicos da carreira da banda britânica.
Do alto de seus 80 anos, nota-se que a voz do artista continua ativa e forte, fazendo a maior parte das performances e com a participação de alguns membros da banda em determinadas canções, como de hábito.
O fato de um artista, utilizando seu poder de influência e comunicação, exprimir sua opinião sobre questões da humanidade como política, por exemplo, não deve ser classificado como polêmico. É mais um ato de coragem. Afinal, você, caso tivesse o poder de influência que tem George Roger Waters, ficaria calado, na sua, vendo a atual situação de determinadas pessoas?
A turnê This Not a Drill também passou por Brasília, Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre e Belo Horizonte. A realização da excursão no Brasil foi uma parceria entre a Bonus Track, de Luiz Oscar e Luiz Guilherme Niemeyer, e a 30E.
