Rock in Rio 2019: Foo Fighters, Raimundos + CPM 22 e Whitesnake são destaques do segundo dia
Foto: Divulgação/Wesley Allen/IHF
O segundo dia do Rock in Rio 2019 começou cedo na Cidade do Rock, com o show do projeto Tamo Aí na Atividade, que conta com os remanescentes do Charlie Brown Jr. Os músicos Marcão Britto (guitarra), Heitor Gomes (baixo) e Pinguim Ruas (bateria), com a participação de Alex Palaia (vocal – La Raza), agitaram a galera no Rock District. Por volta das 16h30, os caras subiram ao palco enaltecendo os saudosos Chorão e Champignon.
A celebração do legado do grupo de Santos atraiu um grande número de pessoas, que pulou e cantou seus grandes sucessos. O repertório trouxe muita nostalgia com clássicos como “Zóio de Lula”, “Rubão”, “O Coro vai Comer” e “Proibida pra Mim”. Algumas faixas ainda contaram com a voz gravada do líder Chorão. “Esse era um sonho do Chorão de estar aqui”, disse a banda.
Na sequência, os trabalhos no Palco Mundo começaram com o encontro de Raimundos e CPM 22. O clima nostálgico continuou no show, candidato ao melhor da noite de sábado (28). A música escolhida para abrir a apresentação foi “Mulher de Fases”, seguida de “Regina Let’s Go”. O setlist seguiu dessa forma, alternando entre sucessos do Raimundos e CPM, como “Puteiro em João Pessoa”, “Não Sei Viver Sem Ter Você”, “Eu Quero Ver o Oco” e “Tarde de Outubro”.
Foi interessante a interação de Digão e Badauí ao dividirem os vocais. A combinação deu muito certo. “Eu cantava essas músicas direto em 1994 e ainda canto”, disse Badauí sobre as faixas do homônimo álbum de estreia do Raimundos. “Nunca imaginei dividir o palco com os caras depois de anos”, completou. Digão aproveitou para retribuir os elogios. “Tenho o total respeito por vocês”.
A plateia presente no Palco Mundo interagiu bastante durante toda a apresentação, cantando, abrindo rodas de pogo e até ligando a lanterna dos celulares. “Ainda tem gente que diz que o rock está morto. Pra quem diz isso não merece estar aqui”, declarou Badauí. Digão continuou: “Viva o Rock Nacional, viva o Rock in Rio!”.
Foto: Divulgação/Renan Olivetti/IHF
Ainda no Palco Mundo, o Tenacious D, de Jack Black, fez sua estreia no Rock in Rio promovendo um dos momentos mais épicos do festival. O divertido show do projeto do ator de Hollywood, ao lado de Kyle Gass, contou com a participação do baixista brasileiro Juninho Groovador. O convite ocorreu depois que Black assistiu um vídeo de Juninho tocando e dançando “Smells Like Teen Spirit”, do Nirvana, em ritmo de forró. E foi com essa música que o encontro inusitado rolou no Palco Mundo.
Entre as caras e bocas do engraçado Jack Black, o duo fez um mix tocando canções de toda sua discografia, incluindo os álbuns “Post-Apocalypto” (2018), “Rize of the Fenix” (2012), “The Pick of Destiny” (2006), e o homônimo “Tenacious D” (2001).
Assim que terminou o show do Tenacious D, o Palco Sunset recebeu o último show da noite, com os veteranos do Whitesnake. Depois de 34 anos, a banda de David Coverdale retornou ao Rock in Rio para relembrar seus grandes sucessos. Conforme rolou nos demais shows da turnê brasileira, o grupo incluiu no repertório canções do recente álbum, “Flesh & Blood”.
O único representante do hard rock da noite cumpriu muito bem seu papel ao tocar sucessos como “Love ain’t No Stranger”, “Is This Love” e “Here I Go Again”. Aliás, foram os pontos mais altos do show. Coverdale, de 68 anos, usou sua experiência de palco para encantar algumas fãs que estavam na grade. O cantor mandou beijos e algumas piscadas de olho para delírio delas. Sua voz não é mais a mesma, como já comentamos por aqui, mas sua postura de frontman compensa de alguma forma.
Não podemos deixar de comentar sobre o solo de bateria de Tommy Aldridge, que fez todo mundo ficar de boca aberta. O músico de 69 anos, que esteve no Rock in Rio em 1985 com Ozzy Osbourne, tem uma disposição invejável. Durante sua performance, ele jogou novamente as baquetas no público para tocar apenas com as mãos. A galera foi ao delírio.
Foto: Divulgação/Diego Padilha/IHF
Voltando ao Palco Mundo, o Weezer também fez sua estreia no Rock in Rio apresentando sucessos e covers. “Estamos muito felizes de finalmente tocar aqui”, disse em português o vocalista Rivers Cuomo. O show começou com o maior hit do grupo, “Buddy Holly”, seguido de “Beverly Hills”. No entanto, a recepção do público foi morna.
A banda então atacou com algumas versões que estão no recente “Teal album”, como “Africa”, do Toto, “Take on Me”, do A-ha, e “Happy Together”, do Turtles. Nesses momentos, o público que esperava o Foo Fighters se rendeu ao show do quarteto com visual nerd. “Obrigado, Rio. Juntos, somos um time perfeito”, retribuiu Cuoco.
Os sucessos “Say Ain’t So” e “Hash Pipe” empolgaram a plateia, mas não como a versão de “Paranoid”, do Black Sabbath, com o vocalista indo até a galera, e “Lithium”, do Nirvana, se referindo à antiga banda de Dave Grohl.
Depois do Weezer e Tenacious D relembrarem o Nirvana, enfim o Foo Fighters subiu ao Palco Mundo do Rock in Rio. Para quem não percebeu, o headliner da noite conta com a metade do Nirvana, incluindo Dave Grohl e Pat Smear. Ambos estiveram na última fase da banda de Kurt Cobain. Mas essa é única referência com a antiga banda de Grohl, pelo fato do músico ter criado sua própria história com o Foo Fighters.
Aliás, Grohl, de 50 anos, dominou bem o enorme palco do Rock in Rio. O vocalista suou a camisa, correu de um lado para o outro, gritou (muitas vezes) e ainda tocou bateria. A performance começou com “The Pretender” e “Learn to Fly”, músicas que estão na boca da galera. “Run” e “The Sky Is a Neighborhood”, ambas do último disco, “Concrete and Gold” (2017), também foi bem recebida. A última, inclusive, fez parte de novela global.
Foto: Divulgação/Wesley Allen/IHF
Apesar de muitos sucessos na carreira, o Foo Fighters insiste em colocar covers no repertório. De certa forma, a galera gostou de Taylor Hawkins assumir os vocais em “Love of My Life” e “Under Pressure”, do Queen. Nessa última, Grohl assumiu a bateria, que tinha estampado no bumbo o rosto de Noel Gallagher, como forma de brincadeira com o amigo.
Falando em hits, não faltaram no setlist faixas como “My Hero”, “These Days” e “All My Life”. O líder do grupo ainda homenageou os fãs “old school” ao tocar as antigas “Monkey Wrench” e “Big Me”. O show ainda teve um pedido de casamento no palco de um casal de fãs, antes da banda encerrar com “Best of You” e “Everlong”.
A apresentação do Foo Fighters tem a temática perfeita como um dos melhores shows de rock da atualidade. A banda só deveria parar de colocar firulas entre as músicas, falar menos e serem mais diretos.
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Weezer agora no Palco Mundo do Rock in Rio! #weezer #rockinrio #palcomundo #ligadoamusica
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