Rock in Rio 2017: Aerosmith e Def Leppard encabeçam primeira noite de rock
Começou s segunda semana do Rock in Rio, nessa quinta-feira (21), dessa vez movida ao verdadeiro rock n’ roll. Quem subiu ao Palco Mundo na noite passada foram as bandas Scalene, Fall Out Boy, Def Leppard e Aerosmith.
Os brasilienses do Scalene abriram o primeiro dia de rock no palco principal com um show mediano. No momento em que os caras se apresentavam, boa parte da galera ainda procurava o melhor lugar para ficar, outros preferiam ficar sentados com seus smartphones. Talvez o show teria sido melhor no Palco Sunset.
Falando em Sunset, Alice Cooper se apresentou logo depois para uma multidão no palco secundário e fez um dos melhores shows da noite. O cantor de 69 anos mostrou ao público seu “teatro de horror”, acompanhado por uma banda excepcional e um repertório cheio de clássicos, entre eles, “Mr. Nice Guy” e “Poison”. Sua encenação trouxe sangue, bonecos assustadores, e decapitações.
Um dos pontos altos da performance de Alice foi com a participação do britânico Arthur Brown, de 75 anos, que entrou ao palco com o rosto maquiado e um capacete pegando fogo. Neste momento, Joe Perry, do Aerosmith, também subiu ao palco de forma discreta, que aos poucos foi sendo descoberto pelos fãs até ser anunciado pelo amigo Cooper. A apresentação encerrou com um medley de “School’s Out” e “Another Brick The Wall”, do Pink Floyd. Com certeza um show merecido para Palco Mundo.
Foto: I Hate Flash
Voltando ao palco principal, o Fall Out Boy seguia os trabalhos por ali. A banda de pop punk foi escalada para substituir o show de Billy Idol que cancelou sua participação no evento. Conhecido pelo público emo na década de 2000, o grupo apostou em faixas como “Sugar We’re Going Down”,”Dance Dance”, “Saturday” e “Thnks Fr Th Mmrs”. A tradicional versão de “Beat It”, de Michael Jackson, também esteve presente no setlist.
Depois de 32 anos, finalmente o Def Leppard se apresentou no Rock in Rio. A banda britânica de hard rock era uma das escaladas para tocar na primeira edição do festival em 1985, porém, alguns imprevistos de agenda e um acidente de carro que fez o baterista Rick Allen perder o braço motivaram o grupo a cancelar todos os compromissos.
Enfim, chegou o momento de Joe Elliot e companhia compensarem o atraso. O repertório do show contou com canções do homônimo último álbum e faixas do clássico “Hysteria”, que está completando 30 anos. Os caras esbanjaram técnica e ótimas harmonias vocais. Destaque para o guitarrista Phil Collen e, claro, o guerreiro Rick Allen, que toca sua bateria adaptada com pedais. Para os menos atentos, talvez nem tenha percebido no início a forma dele tocar por conta da perfeição.
Os pontos altos foram em “Let’s Get Rocked”, “Pour Some Sugar On Me”, “Rock of Ages”, e a balada “Love Bites”, mas no geral foi um show morno pela empolgação do público. Aí fica no ar a seguinte pergunta: Como seria a popularidade do Def Leppard no Brasil se tivesse tocado no primeiro Rock in Rio?
Para encerrar a primeira noite de rock do festival, o Aerosmith fez um show competente, no entanto, sem grandes surpresas. O setlist da estreia dos caras no Rock in Rio contou com sucessos como “Love in an Elevator”, “Livin’ on the Edge”, e “Falling in Love”. Os pontos altos sem dúvida foram com as baladas “Cryin'”, “Crazy”, e “I Don’t Wanna Miss a Thing”, com o maior coro feito por mulheres. Em alguns momentos até cobriam a voz de Steven Tyler.
Aliás, o incansável vocalista é o grande destaque da banda, mas dessa vez sua voz parecia estar mais rouca do que de costume. Só que nem por isso o “jovem” de 69 anos deixou de roubar a cena esbanjando energia. O discreto Joe Perry, de 67 anos, também teve seus momentos de “guitar hero”. Sua forma de tocar influenciou diversos grandes músicos pelo mundo.
A reta final teve o cover de “Come Together”, dos Beatles, e a divertida “Dude (Looks Like a Lady)”, além do bis com “Dream On” e obrigatória “Walk This Way”. A atual turnê da banda, intitulada “Aero-Vederci Baby!”, foi anunciada como a última da banda, mas a impressão é que a diversão dos “bad boys” de Boston está longe de acabar.
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