Ouça na íntegra ‘In The Now’, novo álbum de Barry Gibb (Bee Gees)

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Barry Gibb, único membro vivo dos Bee Gees, acaba de lançar oficialmente o seu novo trabalho, intitulado “In The Now”. O disco é o primeiro lançamento solo do músico desde “Now Voyager”, de 1984.

Na faixa-titulo do álbum, Barry desabafa: “Tudo em que eu consigo pensar é no passado/Eu preciso de vocês, agora”. Irmão mais velho da família, Gibb perdeu os irmãos Andy, Maurice e Robin, além de sua mãe que faleceu em agosto deste ano, aos 95 anos de idade.

“In The Now” pode ser adquirido pelo próprio website de Barry e também já encontra-se disponível nos principais serviços de streaming. Ouça abaixo pelo Spotify.

Confira a seguir trechos da recente entrevista que Barry concedeu ao NY Times, na qual o músico conversou sobre o peso de ser o último Bee Gees vivo, o relacionamento com seus irmãos, e sobre o novo álbum.

NY Times: Depois que Robert Stigwood assinou com os Bee Gees, vocês tiveram dois períodos destintos de sucesso: O primeiro, no final da década de 60 – com hits cantados por Robin como “Massachusetts” e “I Started a Joke” – e depois na década de 70, na era disco, com faixas comandadas por você. Quais os efeitos que uma carreira tão arqueada causaram em vocês?

Barry Gibb: Nossa carreira foi feita em altos, baixos, altos e baixos de novo. Nós tínhamos um grande hit e depois caíamos na decepção. Nós nunca tivemos a chance de construir um ego ou uma atitude mais forte sobre o que nós fizemos, porque estávamos sempre na defensiva tentando provar o que éramos capazes.

NY Times: Havia também a pressão interna dos membros do grupo, certo?

Barry Gibb: Sempre teve uma enorme competição entre mim e Robin. Depois de um tempo, ele foi ficando cada vez mais distraído, provavelmente por causa das substâncias que usava. Todos nós tivemos problemas com fumo, pílulas ou bebida, mas Robin quase chegou ao fim de sua razão em algum ponto. Algumas pessoas nos diziam: “Vocês estão competindo com o ABBA ou com os Jacksons”. Mas, para nós, a competição era entre nós mesmos. O que quer que seja que Phil Collins tenha tido com o Genesis, nós todos gostaríamos de ter aquilo também.

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NY Times: Você escreveu a faixa “End of the Rainbow”, que aparece no novo disco, para Robin, mesmo com ele nunca tendo lhe dito diretamente que estava morrendo de câncer. Existiu algum tipo de ressentimento por ele ter guardado essa informação apenas para ele?

Barry Gibb: Eu acredito que sim. Mas eu tento me colocar no lugar dele e eu não teria falado também. Robin não queria ser tratado como um inválido. Ele negou que estava doente até o último momento, quando ficou obviamente visível em sua aparência. Robin estava morrendo e eu fui até o hospital em que estava, em Londres, e cantei a faixa para ele, com ele em coma. Eu não sei se escutou ou não. Mas me ajudou bastante.

NY Times: Em um outro momento do álbum, você cantou “Se lágrimas fossem diamantes, eu seria um homem rico agora”. Depois de todas as suas perdas, você em algum momento se sentiu culpado por algo?

Barry Gibb: Absolutamente, eu sou o irmão mais velho e ser o mais velho sempre faz com que você se sinta na obrigação de cuidar de seus irmãos, mesmo que eles não queiram. Eu acho que eu deveria ter ido primeiro. Depois de perder três irmãos, o que você sente e aprende é muito, mas muito profundo. Nesse momento da minha vida, eu penso em aniversário e morte como dois elementos unidos em um só. Isso vai acontecer com todos nós, não importa o que se passe. Então agora só penso em aproveitar o meu momento.

Veja um video o qual Barry analisa e comenta o álbum “In The Now”, faixa por faixa.

Ouça agora “In The Now” na íntegra.