Os discos mais caros já produzidos

Os discos mais caros já produzidos

Foto: Reprodução/Danica Tanjutco/Unsplash

Hoje em dia, qualquer pessoa consegue gravar um álbum completo na sala de casa. Tudo ficou muito mais acessível, democrático, sem burocracia. Mas, ao longo da história da música, algumas obras tiveram que ser feitas ao longo de muito tempo, muito esforço, inúmeras horas de estúdio e tudo isso demanda um investimento absurdo, hoje impossível de ser feito.

As gravadoras eram responsáveis pelo custo de produção destas obras. Independente delas fazerem sucesso ou não, eles pagavam por suas produções, o que acabava limitando a criatividade dos músicos, que só conseguiam toda a liberdade necessária para gravar como bem entendessem a partir do momento em que faziam sucesso.

Não faltam exemplos de bandas com primeiros discos mal gravados, feitos às pressas, que precisariam ser regravados com toda certeza. Eles soavam muito melhores ao vivo e tinham sucessores com produções muito melhores, muitas vezes até extravagantes.

Ficou curioso sobre quais seriam os discos mais caros já produzidos? Se ligue na listinha abaixo e veja que alguns custavam o equivalente ao prêmio de uma Megasena. Mas a qualidade deles pode fazer valer à pena, em vários casos citados. Veja se você tem alguns deles em sua coleção ou serviço de streaming:

1- Chinese Democracy – Guns N’ Roses

A obra da banda de rock norte americana chegou a virar piada entre os fãs. Durante intermináveis 14 anos, ele foi gravado e regravado por Axl Rose e Cia, com exigências pra lá de extravagantes, nos mais diferentes estúdios e com formações diversas da banda.

Em 23 de novembro de 2008, finalmente ele foi lançado, as críticas foram bem variadas e as vendagens muito aquém do que se esperava. Axl culpou a gravadora, alegando falta de apoio.

2- Smile – Beach Boys/Brian Wilson

“Estou escrevendo uma sinfonia adolescente para Deus.”, afirmou o jovem Brian Wilson, em 1966. Algumas canções acabaram sendo incluídas em álbuns posteriores da banda, mas o projeto completo só veio a luz em sua no longínquo ano de 2004.

Considerado um dos maiores gênios da música pop e com vários problemas de saúde mental, Wilson sempre foi reverenciado e inspirou diversos artistas, como os Beatles, que se desafiavam para lançar discos melhores que os dos Beach Boys, segundo John Lennon.

3- A Night at the Opera – Queen

Recentemente, na cinebiografia Bohemian Rhapsody, parte da história deste disco foi levada às telonas. Foi preciso muita ousadia, talento e teimosia para que o mundo tivesse o privilégio de ouvir o álbum, que misturava o erudito com o rock and roll da banda britânica.

O resto é história… Diga se você nunca cantou um pedacinho do refrão, popularizado pelo cinema e pela TV? “Mamma mia, Mamma mia let me go”… Hoje parece banal, mas foi bastante revolucionário na época do lançamento.

4- One way ticket to hell… and back – The Darkness

A banda estourou com uma proposta glamourosa e histriônica – pra não falar pretensiosa – e acabou gerando ansiedade em relação ao álbum seguinte. Musicas com mais de 100 guitarras, 400 rolos de fita – eles insistiram em gravar analogicamente – mais de 10 mil músicas compostas, sendo que usariam apenas 10 delas.

Foram tantas as extravagâncias e no final, o trabalho foi descrito como “a mais cara piada sobre um pênis”. Fracasso!

5- Tusk – Fleetwood Mac

Após 23 milhões de cópias vendidas no trabalho anterior, o Mac entrou pressionado no estúdio para produzir um disco de sucesso. Com muitas brigas e um investimento infinito, eles lançaram um álbum duplo e venderam cerca de 4 milhões de cópias. Poderia ser considerado muito agora, mas foi um prejuízo colossal pra gravadora.