Metallica faz show avassalador com ótima estrutura em São Paulo
Fotos: Divulgação/MRossi
O Metallica realizou uma apresentação avassaladora nessa terça-feira (10), no Estádio do Morumbi, em São Paulo. A performance era uma das mais esperadas pelos fãs, que estavam com os ingressos comprados desde 2019.
A turnê WorldWired era para ter rolado em 2020, porém, a banda precisou adiar algumas vezes a vinda à América do Sul por conta da pandemia. No entanto, finalmente havia chegado o aguardado dia.
O público começava a lotar o estádio quando a banda brasileira Ego Kill Talent subiu ao palco. “Estamos muito honrados de estar aqui cumprindo a missão de aquecer o palco para a maior banda de rock do mundo”, disse o vocalista Jonathan Corrêa. “Esperamos dois anos por essa noite e vamos fazer dela a melhor noite de nossas vidas”, continuou.
O competente grupo, que também conta com Jean Dolabella (ex-Sepultura), tem na bagagem participações em grandes eventos pelo mundo, como Download Festival e Rock in Rio, além de abrir shows do Foo Fighters e Queens of the Stone Age.
Talvez a grande missão dos caras foi se apresentarem em um espaço minúsculo no palco. A luz também era limitada, situação comum para bandas de abertura. Apesar do show curto, o Ego Kill Talent foi bem recebido pelo público.
Na sequência, foi a vez dos americanos do Greta Van Fleet subirem ao palco do Morumbi. Assim como no show anterior, os garotos também tiveram pouca estrutura para se apresentarem. Porém, a ótima execução de suas músicas com pegada setentista chamou a atenção da plateia.
A banda, formada pelos irmãos Josh, Jake e Sam Kiszka, tocou por cerca de 30 minutos, apresentando sucessos como “Black Smoke Rising”, “The Weight of Dreams” e “Highway Tune”. Essa última foi bem aplaudida pela galera.
Por volta das 21h15, as luzes do estádio se apagaram e surgiram nos telões imagens do filme The Good, the Bad and the Ugly (Três Homens em Conflito) com a faixa “The Ecstasy Of Gold”, de Ennio Morricone. Essa é a tradicional introdução dos shows da banda.
James Hetfield, Lars Ulrich, Kirk Hammett e Robert Trujillo logo apareceram no palco para iniciar a performance com a rápida “Whiplash” e com a apoteótica “Ride the Lightning”, deixando as 70 mil pessoas no local extasiadas.
No show, cinco telões gigantes exibiam imagens ao vivo do quarteto. Além disso, os efeitos de luz, a pirotecnia, e, claro, a ótima qualidade de som impressionaram a “família Metallica”, como James gosta de se referir aos fãs.
“Se você for ter um bebê, vai nessa, tem um lugar ali do lado”, brincou Hetfield antes de tocar “Fuel”, em referência ao parto que ocorreu na apresentação anterior em Curitiba.
Os caras seguiram com “Seek & Destroy”, “Holier Than Thou”, “One”, e “Sad but True”. O novo setlist, com a escolha e ordem das músicas, foi um dos fatores positivos da apresentação. Outra boa sacada foi o posicionamento dos artistas no palco, que caminhavam o tempo todo, assim proporcionando uma boa visão para todos.
O repertório também contou com “Dirty Window”, do álbum St. Anger (2003), que alguns fãs desaprovam. “St. Anger?”, perguntou James com bom humor antes de tocar a canção. Para acalmar os ânimos, a banda executou na sequência “No Leaf Clover”, do disco S&M (1999).
Porém, o descanso foi curto, porque os caras logo tocaram as pedradas “For Whom the Bell Tolls” e “Creeping Death”, seguidas de “Welcome Home (Sanitarium)” e “Master of Puppets”.
Mais um pouco de respiro e a banda retornou ao palco para o bis com “Spit out the bone”, a única faixa do recente álbum Hardwired… To Self-Destruct, de 2016. Depois disso, o Metallica tocou dois clássicos do Black Album, “Nothing Else Matters” (com direito a luzes de celulares do público) e “Enter Sandman”.
Após duas horas de show, os quatro integrantes ainda ficaram um tempo no palco agradecendo os fãs e distribuindo palhetas e baquetas aos sortudos próximos da grade. Trujillo ainda cantou “Eu sou brasileiro com muito orgulho, com muito amor”, para finalizar a perfeita noite para os fãs do grupo.
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