Limp Bizkit promove baile em única apresentação no Brasil

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Foto: Flavio Santiago

Pela terceira vez no Brasil, o Limp Bizkit fez única apresentação no país comemorando seus 20 anos de carreira. O show especial ocorreu na última quinta-feira (26), no Espaço das Américas, em São Paulo. O local esteve lotado de fãs querendo ouvir os sucessos do grupo que marcou a década de 1990, sendo naquela época um dos principais representantes do chamado new metal. No meio da plateia era possível encontrar alguns clones de Fred Durst com o característico boné vermelho usado nos clipes da banda.

Antes dos norte-americanos subirem ao palco, quem aqueceu a galera foram os paulistanos do La Raza. Após o anúncio de Luka e Thiago DJ, locutores da 89 FM, os caras iniciaram a performance com a faixa “Bem-Vindo a La Raza”. Influenciados pelo rock e hip hop, seu show continuou com o single “/Quem?”. Nessa faixa, o inquieto vocalista Alex Palaia criticou a postura de usuários das redes sociais. A ideia da apresentação parecia celebrar a união do rock e o rap, foi quando subiu ao palco o rapper Xis, para cantar “Na Contra Partida” e emendou uma versão mais pesada de “Chapa o Côco”. Em outro momento foi a vez de Digão, do Raimundos, para cantar o cover de “Esporrei na Manivela”. Ainda teve canções como “Caos da Paz” e “Cai Dentro”. O La Raza foi muito bem recebido pelo público e agradeceu pelo apoio. “O cara que fala que o rock morreu, não sabe de nada. Vamos fortalecer o rock nacional”, disse Palaia no final do show.

Enquanto não chegava a hora da grande atração da noite, as caixas de som da casa tocavam músicas do Pantera, Slayer e Sepultura.

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Foto: Flavio Santiago

Enfim Fred Durst, Wes Borland, John Otto e Samuel G. Mpungu subiram ao palco, sendo ovacionados pelo público. A noite já estava ganha para os caras. A performance começou com “Boiler”, e seguiu com “9 Teen 90 Nine” e “Hot Dog”. A partir daí, o DJ Skeletor, convidado de turnê, soltou alguns trechos de faixas de rock e hip hop, promovendo o “baile do Limp Bizkit”. A primeira delas foi “Panama”, do Van Halen, que introduziu o sucesso “Rollin’”. Durst enlouqueceu a plateia em vários momentos com sua presença de palco que influenciou tantos vocalistas daquela geração. Seu visual continua o mesmo, com roupas largas, porém, naquela noite ele trocou o tradicional boné por um chapéu estilo pescador. Outro integrante que se destaca é o guitarrista Borland, não só pela forma de tocar, mas também pelo seu visual. O músico se apresentou de terno branco, com o rosto pintado também de branco e maquiagem de caveira.

O setlist continou com “The Truth”, “Bring It Back” e “Thieves”, versão do Minstry, com direito a um improviso de “Cowboys From Hell”, do Pantera. Na sequência foi a vez de “Bring It Back”, “My Generation”, com a chamada de bateria de John Otto, e “Livin´it Up”. Fred desafiou o público comparando o Brasil com a Argentina. Quando dizia “Brasil”, os gritos eram cada vez mais altos. No final da brincadeira, o cantor retribuiu com um “obrigado”, em português. A banda então tocou a versão de “Faith”, de George Michael. Foi com essa música que o grupo conquistou os primeiros fãs em meado dos anos 90. O show continuou com “Eat You Alive” e a dobradinha matadora de “My Way” e “Nookie”.

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Foto: Flavio Santiago

Pausa para repor as energias. No bis, a banda retornou ao palco tocando o cover de “Behind Blue Eyes”, balada do The Who. Mas o que os caras queriam mesmo era ver o Espaço das Américas pulando, assim como foi durante todo o show. Foi então que o grupo executou a conhecida “Break Stuff”, e para encerrar com chave de ouro, o grande sucesso “Take a Look Around”, canção que foi trilha sonora do filme “Missão Impossível II” (2000). No meio da música, Durst pediu para o público se abaixar até voltar para o refrão com todo mundo pulando, criando uma explosão de energia. Sem dúvida foi o momento mais alto da apresentação. Depois dessa vibe incrível, o DJ deixou rolando ao fundo “Stayin’ Alive”, do Bee Gees, enquanto os músicos se despediam dos fãs. O surreal disso tudo foi ver Fred Durst dançando igual John Travolta no filme “Os Embalos de Sábado à Noite”, o qual tem a canção como trilha. A própria plateia entrou na onda e se divertiu também.

O rótulo new metal nem se usa mais, também não é por menos, já se passaram praticamente 20 anos desse momento do rock. O importante é que a banda escreveu sua história e continua lotando casas de shows pelo mundo afora.