KLB encerra turnê de 20 anos de carreira com show lotado em São Paulo
Fotos: Reprodução/Facebook/Caio Duran
O KLB encerrou, no último domingo (12), a turnê 20+2 Experience com um show no Vibra São Paulo. A performance apresentou uma superestrutura e produção com a casa lotada. Uma comemoração de sucesso dessa temporada que celebrou 20 anos de história do grupo, e uma possibilidade de retorno que foi o suficiente para gerar expectativa para as possíveis novidades.
Ao colocar os pés na pista do Vibra foi como se tivesse sido transportada para os anos 2000, e como se esses mais de 20 anos não tivessem passado. A grande maioria do público era de mulheres por volta dos 30/40 anos, e ali naquele momento o que transbordava era a lembrança da adolescência e a ansiedade por esses três irmãos. O KLB cantava amor, a beleza de estar apaixonado e a dor das frustrações. Era a trilha sonora de quem estava começando a viver essas experiências, e era inevitável não se tornarem ícones de admiração e encantamento.
O show começou com os grandes sucessos do início da carreira: “Não Dá Mais” e “A Cada Dez Palavras”. Kiko se emocionou ao falar sobre essa tour ser a primeira desde que perderam o pai, Franco Scornavacca, que faleceu em 2018 e atuava também como empresário da banda. Falou sobre a segurança que sentiam com ele, e agradeceu aos fãs pela presença e pelo amor. Bruno também agradeceu a todos por abrirem a vida para que eles entrassem e o sucesso dessa turnê.
Com uma estrutura de telões e muitas projeções, foram quase 3 horas de show alternando suas músicas com canções de artistas que os inspiraram. Entre eles, Michael Jackson e Lionel Richie, quando aproveitaram para fazer uma manifestação de amor e respeito nesse momento conturbado de guerra, e cantaram “We Are The World”. Kiko desejou que possa haver solução com amor e respeito, e lembrou que todos vivemos no mesmo barco, e que se afundar para um também afunda para o outro.
Assistir ao show tantos anos depois do início da carreira do KLB, além de viver essa nostalgia automática, traz a mistura com nosso olhar mais maduro, e deles também como músicos. A escolha por representar 20 anos de carreira e história da banda envolvendo suas referências, e não apenas transitar pelos seus álbuns lançados, para mim é uma mostra disso. Foi uma surpresa boa ouvir “Era Um Garoto Que Como Eu Amava Os Beatles e Os Rolling Stones”, da banda Os Incríveis na versão dos Engenheiros do Hawaii, “(Everything I Do) I Do It For You” de Bryan Adams, e “Livin´On a Prayer” e “It´s My Life” do Bon Jovi.
E entre muitas especiais, e com os fãs acompanhando todas as canções com a energia lá em cima, o setlist trouxe “A Ilha”, “Por Causa De Você”, “Nem O Tempo Apagou”, “A Dor Desse Amor”, dedicada a Regina, mãe dos rapazes, e “Um Anjo”. Solos de guitarra, baixo, Leandro na bateria, e Bruno no vocal cantando “Carolina” também fizeram parte dessa saudosa noite.
Aguardando o que vêm por aí, e assim como Leandro desejou, que façam o que os mantêm vivos. Fãs fiéis esse projeto deixou claro que eles têm.