KISS: Gene Simmons afirma que ‘o rock está morto’; Paul Stanley discorda

KISS: Gene Simmons afirma que ‘o rock está morto’; Paul Stanley discorda

Foto: Reprodução/Daily Breeze

Gene Simmons, baixista e vocalista do KISS, declarou que “o rock está morto” em 2014 e desde então mantém essa posição. Em recente entrevista ao Consequence of Sound, o músico explicou sua visão polêmica.

Segundo Simmons, os primeiros anos do rock, que ele coloca entre 1958 e 1988, renderam gigantes do rock, incluindo Elvis Presley, Beatles, Rolling Stones, Pink Floyd e entre outros. Ele também citou bandas como Metallica, Iron Maiden, KISS, AC/DC, U2, Prince, David Bowie e Eagles, e até sugeriu um espaço para Madonna, Motown e a era disco. Isso levou à questão de quem depois de 1988 seria os Beatles da era moderna.

Embora o “linguarudo” do KISS tenha admitido que boy bands como One Direction e BTS alcançaram um grande sucesso, ele comparou seu impacto ao açúcar – alegando que “isso te dá aquele pequeno impulso de energia, e então acaba para sempre e você não se importa”.

Simmons então reiterou um ponto que já havia feito, de que o compartilhamento de arquivos e streaming serviram como um obstáculo para a próxima geração de artistas. “A razão para isso não é por falta de talento, mas porque os jovens, que moram no porão da mãe, um dia decidiram que não queriam pagar pela música. Eles queriam baixar e compartilhar arquivos. E foi isso que matou as chances da próxima geração de grandes bandas. O fato de a música ser gratuita. Então, hoje em dia, novas bandas não têm chance”, afirmou.

Por outro lado, seu companheiro de banda, Paul Stanley, compartilhou sua opinião contrária sobre o assunto. O vocalista e guitarrista do KISS conversou com a SiriusXM Canada discordando do amigo. “Eu acho que a vida, o rock, como todas as coisas, nunca é uma constante. Digamos, por exemplo, se você mede o pulso de alguém e está fraco, isso não significa que ele está morto. Isso significa que seu pulso está fraco. E isso não significa que ele não voltará mais forte”, comentou Stanley.

E continuou: “Eu não acho que a música possa morrer. Eu não acho que bandas possam morrer, e eu não acho que o rock possa morrer também. Basta alguém para trazê-lo de volta ao nível que alcançou em algum momento no passado”.

Stanley destacou a relação da música atualmente com a tecnologia. “Um computador nunca substituirá as pessoas que fazem música. As pessoas podem ficar maravilhadas com este computador e ele pode ofuscar alguns, mas no final, tudo ficará bem. A música não desaparece. No entanto, ela pode estar dormindo”.

Ele concluiu dizendo: “Foo Fighters é um ótimo grupo. Dave [Grohl] é apaixonado pelo que faz e são todos fantásticos. Portanto, existem bandas que fazem boa música. Quanto aos novos grupos, alguém vai pegar a tocha e seguir em frente. Como eu disse, o pulso pode estar um pouco fraco, mas o paciente está vivo”.