Judas Priest e Alice In Chains agitam Solid Rock em SP
Fotos: Camila Cara
A capital paulista recebeu, no último sábado (10), a segunda edição do Solid Rock. Depois de passar por Curitiba, o festival aterrissou no Allianz Parque, onde uniu cerca de 35 mil fãs de Judas Priest e Alice in Chains.
A galera ainda chegava ao estádio quando o Black Star Riders subiu ao palco. O grupo formado por antigos integrantes do Thin Lizzy não se intimidou com o pequeno público e apresentou canções da carreira, incluindo faixas de seu último álbum, “Heavy Fire” (2017). O destaque do show ocorreu durante a execução dos clássicos “The Boys Are Back in Town” e “Jailbreak”.
Às 19h30, já com os grunges presentes em peso, foi a vez do Alice in Chains agitar o Allianz Parque. A banda de Seattle é uma das poucas que conseguiu manter sua qualidade sonora, mesmo mudando de formação. O show começou com a ótima “Check My Brain”, do álbum “Black Gives Way to Blue” (2009), da atual fase com o vocalista William DuVall. Na sequência, foi a vez de “Again”, essa da época do saudoso Layne Staley.
A performance foi crescendo a cada música como em “Never Fade”, do recente trabalho “Rainier Fog”, que foi recebida bem ao vivo. “Them Bones” foi o primeiro hit da fase Staley a dar as caras no setlist, seguida de “Dam That River”.
Da fase atual ainda rolou a nova “The One You Know” e “Stone”, mas parecia que os fãs queriam ouvir mesmo era os sucessos da carreira. As radiofônicas “Down in a Hole”, “No Excuses” e “Would?” foram cantadas pela galera, porém, o ápice da apresentação veio em “Man In The Box”, com o estádio todo pulando. O show terminou com “Rooster” com a impressão de dever cumprido.
Pouco tempo depois, uma enorme bandeira do Judas Priest, que escondia o palco, veio abaixo. Assim começou a apresentação dos “Deuses do Heavy Metal”, com os acordes de “Firepower”, faixa-título do recente disco da banda de Rod Halford. A bela produção de palco impressionou o público desde o início.
A apresentação continuou com clássicos como “Running Wild”, “The Ripper”, “Turbolover”, “Painkiller”, “Electric Eye” e “Hell Bent For Leather”. Nessa última música, Halford entrou no palco pilotando uma Harley Davidson, um dos momentos mais aguardados da performance do Priest.
Outro grande destaque da noite foi durante a execução de “Freewheel Burning”, que contou com uma homenagem ao piloto Ayrton Senna, morto em 1994. A galera foi à loucura. O tributo ocorreu um dia antes do tradicional Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1, que teve como campeão Lewis Hamilton.
O guitarrista Glenn Tipton, afastado devido ao avanço do Mal de Parkison, também foi homenageado no telão. Já no bis, a banda presenteou os fãs com os sucessos “Breaking The Law” e “Living After Midnight”.
Ao encerrar o show, surgiu no telão a mensagem de que o Judas Priest voltará em breve. Se for depender de Rob Halford, que não escondeu suas lágrimas de emoção, a banda estará de volta o quanto antes.