Hanson contagia mais de 5 mil pessoas em São Paulo
Foto: Reprodução/Instagram
Fenômeno pop da década de 1990, o trio de irmãos Hanson se apresentou, nesse último sábado (26), no Citibank Hall, em São Paulo. Liderado por Taylor Hanson, o grupo trouxe a turnê de comemoração dos 25 anos de carreira ao país, “Middle of Everywhere”, em menção ao primeiro disco dos americanos (Middle of Nowhere).
Podemos dizer que antes mesmo de subir ao palco, o Hanson já estava com o jogo ganho. Filas absurdamente enormes rondavam o local desde a noite anterior, chegando a até mesmo sair do estacionamento da casa, que é enorme. Faltando alguns minutos para o show, a casa encontrava-se super lotada, inclusive com uma grande falha da organização: parecia ter sido vendido mais ingressos para a Pista Premium (ou Vip, como alguns chamam) do que o setor conseguia comportar. Fãs, em sua grande maioria mulheres, se mostraram aborrecidas, pois pagaram o ingresso mais caro e tiveram que assistir de outros setores, como a Pista comum, ou até mesmo dos corredores laterais.
Indo direto ao espetáculo, o Hanson demorou cerca de trinta minutos para subir ao palco, mas isso não chegou nem perto de abalar a ansiedade dos fãs. “Already Home” foi a faixa escolhida para o pontapé inicial. Loucura e gritaria marcaram a primeira canção do grupo. Sem firulas, a banda emendou “Waiting for This” e o primeiro clássico da noite, “Where’s the Love”, fazendo a casa se tornar uma verdadeira pista dançante. Taylor então deu as primeiras saudações ao público: “Boa noite, como vocês estão, São Paulo?”. Zachary e Isaac mostraram-se impressionados com a euforia dos presentes. Dali pra frente, viriam canções de todas as fases do grupo.
Clássicos como “Runaway Run”, “This Time Around” e “Penny & Me” contagiaram o público. “Vocês são insanos”, brincou Taylor. Para as faixas mais antigas, da primeira turnê do grupo, os músicos de apoio se retiravam do palco e os três irmãos foram para a linha de frente, chegando mais perto dos fãs e executando canções assim como faziam no início: apenas com seus atributos vocais, um cajon e violões. Sem cenários, projeções gráficas ou show de iluminações, o grupo não fez firulas em nenhum momento. Foram faixas atrás de faixas, seguradas apenas pelo talento da família e nada mais. As únicas pausas foram para agradecer o carinho de todos.
“I Was Born”, single mais recente da banda, foi tão bem recebida quanto “MMMBop”, o maior sucesso dos americanos. Os fãs levantaram cartazes com o refrão da canção e até mesmo com uma grande faixa segurada por mais de quinze pessoas no camarote. A música foi um dos momentos altos do show, perdendo talvez apenas para “If Only”, que fez os cinco mil presentes saírem do chão.
Juntos por duas décadas e meia, desde que possuíam entre 11 e 16 anos, os irmãos demonstram o mesmo prazer de poder se apresentar juntos como na época em que iniciaram. A sincronia entre os três é incrível, seja ela nas harmonias vocais ou na capacidade que o trio possui em tocar diferentes instrumentos, trocando muitas vezes de posições entre si. Apesar de nunca mais terem alcançado o sucesso de seu primeiro álbum, “Middle of Nowhere” (1997), o Hanson amadureceu e soube como manter ativa a sua base de fãs, formada em sua maioria por mulheres entre 30 e 40 anos, muitas inclusive com camisetas como ‘Taylor Hanson foi o meu primeiro amor’.
Depois de mais de duas horas de festa, com quase 30 faixas executadas, o grupo se despediu do público com a balada “Save Me”, liderada por Taylor Hanson nos pianos.
Mostrando um claro amadurecimento, o Hanson apresentou um espetáculo contagiante e nostálgico para um Citibank Hall lotado. A passagem pelo país encerrou no domingo (27), em Salvador. Os músicos já haviam passado pelo Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Talvez vistos com um certo preconceito, o trio mostrou ser muito mais do que uma simples ‘boy band’.