Florence and The Machine incendeia Arena MEO em Lisboa

florence-meo-arena-lisboa
Foto: José Eduardo Real

Com abertura do inglês Gabriel Bruce, a Arena MEO, em Lisboa, foi ocupando-se em seus 20 mil lugares para a grande apresentação da noite: o Florence and The Machine. Os portugueses são bem calmos em shows, assistiram a banda de abertura sem muita empolgação.

Às 21h em ponto, os integrantes do The Machine entraram no palco para introduzir “What The Water Gave Me”, para assim Florence Welch surgir como uma fada a encantar pela beleza dos timbres de sua voz e um belo vestido da marca Gucci. Sua voz ecoava por todos os lados da enorme MEO Arena. Seguindo o show, “Ship To Wreck” foi recebida com euforia e agitação morna, apesar da moça se mexer pra um lado e o outro sem parar. O show seguiu firme com “Habbit Heart” e “Shake It Out”. “Delilah” arrancou gritos da arena, enquanto Florence performava em estado de possessão. “Sweet Nothing” foi apresentada em uma versão bem mais suave do que a original dançante de Calvin Harris.

A cantora britânica elogiou os portugueses e contou um pouco sobre como foi escrever o álbum “How Big, How Blue, How Beautiful”. Florence disse que para todas as coisas ruins na vida sempre existirá um céu azul e lindo e que as pessoas ali presentes eram esse céu, inspirando ela a cantar e a se manter forte, entregando assim a faixa-título do disco. Na sequência, veio “Cosmic Love” em uma versão acústica e intimista que foi retribuída por um flash mob com vários balões vermelhos em formato de coração. Florence voltou a agradecer dizendo que aceitava os corações dos portugueses assim como ela estava dando o seu naquele show.

florence-meo-arena-lisboa-2
Foto: José Eduardo Real

O momento mais morno do show foi durante as canções “Long & Lost” e a perfeita “Mother”. Apesar de serem as mais obscuras do álbum, eu as considero as mais elaboradas, assim como “Queen of Peace”, faixa que veio depois. A cantora se espancava ao vento em uma alusão ao se curvar em seu lado passivo. Quando terminou, ela disse que acordou cheia de hematomas, pois as vezes se bate sem querer e teve que exagerar na maquiagem. Com a arena na mão, Florence foi ao lado esquerdo do palco e pediu para as pessoas do balcão ficarem de pé, porque era a hora de dançar ao extremo. Foi assim que a banda executou “Spectrum”, um dos grandes hits do disco “Cerimonials”.

Aproveitando o clima de amor na Arena MEO, Florence pediu para as pessoas se abraçarem e, ao sair do show, espalharem o amor pelo mundo.  Quando terminou o discurso, cantou “You Got The Love” em uma versão super estendida. A impressão era que o show havia acabado, porque todo mundo parecia estar satisfeito.  Foi então que veio os acordes de harpa de “Dog Days Are Over”, o grande hit e o grande momento da noite, meio que óbvio, por ser sua música mais famosa. A plateia cantou e bateu palma. Não satisfeita, a cantora pediu pra todo mundo abraçar alguém próximo e se beijar (quem estava solteiro essa hora se achou). Na segunda parte da música, ela pediu para todo mundo tirar uma parte da roupa e sacudir para cima. Foi euforia total ver as 20 mil pessoas descamisadas sacudindo as peças.

florence-meo-arena-lisboa-3
Foto: José Eduardo Real

A banda saiu do palco ovacionada e retornou com “What Kind Of Man”, em outra perfomance a qual Florence interpretava uma mulher espancada pelo vento com os riffs e guitarra da canção. Mesmo incendiando a Arena MEO com esse momento esmagador, o show encerrou com a perfeita “Drumming” que fez jus ao fogo da moça.

Florence disse que em sete dias, realizou seis shows e mesmo assim estava com um pique avassalador. A “How Blue Tour” segue agora rumo aos Estados Unidos com muito gás.