Extreme e Tom Morello agitam primeiro dia de Best of Blues and Rock
Fotos: Divulgação/André Velozo
A edição de 10 anos do Best of Blues and Rock iniciou, na última sexta-feira (02), na plateia externa do Auditório Ibirapuera, em São Paulo. O evento contou com shows de Nanda Moura, Malvada, Extreme e Tom Morello.
Pelo fato de ter sido em um sexta-feira, as artistas nacionais Nanda Moura e Malvada acabaram tocando para um número menor de pessoas por conta do horário, principalmente Nanda. No entanto, o público presente curtiu as duas performances.
Previsto para comerçar às 18h40, o show do Extreme atrasou 15 minutos, talvez para ajudar os fãs a chegarem a tempo depois de um dia de trabalho.
Gary Cherone (voz), Nuno Bettencourt (guitarra), Pat Badger (baixo) e Kevin Figueiredo (bateria) retornaram ao Brasil depois de seis anos com um repertório que passou por várias fases da banda. Alilás, Nuno se esforçou para vir ao país depois de ter sofrido uma lesão no joelho durante uma partida de basquete no Monsters of Rock Cruise, nos Estados Unidos.
A performance começou com “Decadence Dance” com a imagem da capa de Pornograffiti (1990), álbum de maior sucesso do Extreme. A cada canção apresentada no show, o quarteto utilizou o telão no fundo do palco para exibir imagens relacionadas a um determinado trabalho.
A performance seguiu com “Rise” e “It (‘s a Monster)” com uma plateia ainda morna naquela noite fria de Best of Blues and Rock na capital paulista. Mas isso até chegar no sucesso “Rest in Peace”, que deixou os fãs mais entusiasmados.
O animado Gary Cherone se movimentou o tempo todo durante o show, mostrando estar em boa forma aos seus 61 anos. Já Nuno preferiu se preservar por conta do joelho, mas compensou com sua genialidade na guitarra.
Os caras também tocaram “Play with Me”, que está na série Stranger Things, com uma introdução de “We Will Rock You”, do Queen. Isso deve ter feito os fãs mais antigos voltarem ao passado para recordar da performance avassaladora do Extreme no Tributo a Freddie Mercury.
Quando Nuno pegou o violão, a plateia vibrou porque sabia que o momento mais aguardado do show estava por vir. Isso mesmo, o hit “More Than Words” foi executado por Gary e Nuno com a ajuda dos fãs cantando em uma só voz. Depois de mais de 30 anos, a canção continua na boca da galera. Foi bem bonito. Confira o vídeo abaixo.
O setlist ainda teve espaço para o outro sucesso acústico “Hole Hearted”, dessa vez com os quatro integrantes no palco. A performance encerrou com “Get the Funk Out”, com a participação do brasileiro Mateus Asato, que tocou com Jessie J.
Tom Morello é considerado um dos grandes guitarristas da década de 1990 por conta de seu trabalho no Rage Against The Machine. Mas, e como vocalista? Pois bem, o artista lidera o projeto solo cantando algumas faixas na companhia dos músicos Carl Restivo (voz e guitarra), Dave Gibbs (baixo) e Eric Gardner (bateria).
Canções como “Hold the Line”, “Lightning Over Mexico” e “The Ghost of Tom Joad”, de Bruce Springsteen, o guitarrista encarou os vocais tranquilamente, por ter um tom mais grave. Porém, o que agitou a galera foram medleys de sucessos que Morello incluiu no setlist, como uma sequência com “Bombtrack”, “Know Your Enemy”, “Bulls on Parade”, “Guerilla Radio”, “Sleep Now in the Fire” e “Like A Stone”.
O hit do Audioslave foi tocado em homenagem ao saudoso Chris Cornell, com a exibição de uma imagem do cantor no enorme telão na área externa do palco. Em canções como “Like a Stone” e “Gossip”, do Maneskin, que apresentam os vocais agudos, quem cantou foi Carl Restivo. O show também teve uma versão de “Voodoo Child”, de Jimi Hendrix.
Ainda falando em Audioslave, banda formada com Cornell, Morello tocou “Cochise” com a participação de Gary Cherone e Nuno Bettencourt, do Extreme.
Quando chegou a hora de tocar “Killing in the Name”, o maior sucesso do Rage Against the Machine, o guitarrista teve uma ótima ideia. Tom virou o microfone para a plateia e pediu para que todos cantassem a canção enquanto a banda acompanhava no instrumental.
Para encerrar a performance, voltaram ao palco Gary e Nuno, além dos parceiros de banda Pat Badger e Kevin Figueiredo, e também o guitarrista Steve Vai, que tocaria no dia seguinte. Em uma só voz, todos cantaram “Power to the People”, de John Lennon.
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