Com profissionalismo, HIM anima público em São Paulo

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Foto: Vivian Maia

Com quase 25 anos de banda, os finlandeses do HIM retornaram pela segunda vez ao Brasil para a realização de dois shows, um no Circo Voador (Rio de Janeiro) e o outro no Carioca Club (São Paulo).

O show, que aconteceria no Tropical Butantã, na capital paulista, foi remanejado para o Carioca Club por motivos de atraso no cronograma, como explicou a produtora Radio & TV Corsário. Apesar da alteração do local, a data continuou a mesma e o público compareceu em peso, chegando a esgotar os ingressos para o camarote. Muitos fãs formaram uma fila em frente a casa na virada da última quinta para sexta-feira.

Com uma pontualidade incrível, assim que os ponteiros se viraram para às 20h, o grupo liderado por Ville Valo subiu ao palco. A música escolhida para introduzir o espetáculo, e arrancar gritos e aplausos dos fãs, foi “Buried Alive By Love”. Ao término da faixa, aconteceu a primeira real demonstração de calor da plateia, que se portava de uma maneira que não levava os desinformados a crerem que fazia apenas um ano que a banda esteve aqui no Brasil.

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Foto: Vivian Maia

Dando sequência ao show, foram vários os sucessos executados pelo grupo, entre eles as clássicas e aguardadas “Wicked Game”, “Wings Of A Butterfly”, “The Sacrament” e “Killing Loneliness”. Sempre com a participação do público, que cantava e aplaudia cada nota que era executada pelos músicos. Apesar da banda se demonstrar extremamente técnica e profissional, o show estava deixando a desejar em dois aspectos. Um deles era a altura dos vocais de Ville, que em alguns momentos parecia estar apenas dublando, não só pelos gritos da plateia, mas também pela fraca acústica da casa. O outro era a interação do grupo com o público, que permaneceu nula durante quase uma hora de apresentação. Apesar de conhecermos a personalidade de alguns grupos finlandeses, que não são muito calorosos, a impressão que era passada era a de que a banda estava com pressa, pois além de não trocarem uma palavra com os brasileiros, algumas músicas estavam sendo retiradas do repertório dos shows anteriores, como foi o caso de “Into The Night” e “Scared To Death”, que haviam sido executadas no Rio de Janeiro.

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Foto: Vivian Maia

Ao término de “The Funeral Of Hearts”, Ville olhou para a banda e apontou para o pulso, como se estivesse com um relógio, dizendo que eles haviam tocado rápido demais e ainda tinham mais trinta minutos antes de fecharem o show. Finalmente pareceu uma explicação plausível para a pressa do grupo. Como a performance foi remanejado praticamente em cima da hora, o Carioca Club já tinha outro show marcado para as 22h e a banda havia sido orientada para tocar durante apenas 01h30, sendo assim os finlandeses preferiram tocar músicas ao invés de ficarem de papinho.

Se o público paulistano parecia estar sendo prejudicado com um setlist encurtado, duas surpresas ainda estavam por vir para recompensar o amor que a plateia demonstrava. A primeira foi “Razorblade Kiss”, do segundo álbum da banda, lançado em 1999 e que não tinha tocado em nenhum dos shows recentes pela América. A outra foi “Soul On Fire”, do “Love Metal” (2013). Dando sequência a reta final do espetáculo, Ville brincou e disse que eles não poderiam ir embora sem tocar uma música que Linde (guitarra) havia escrito quando estava com o coração quebrado. A plateia sorriu e a banda tocou a melancólica “When Love and Death Embrace”.

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Foto: Vivian Maia

Ville agradeceu o público por comparecer ao show e disse que eles ainda tinham tempo para mais uma. Conforme previsto, a banda encerraria o show com uma versão de “Rebel Yell”, originalmente escrita por Billy Idol.

Com exatos 90 minutos de show, um repertório de 19 músicas e um profissionalismo incrível, Ville agradeceu a plateia mais uma vez e apontou novamente para o pulso dizendo que enfim deu o horário da banda. O público saiu satisfeito com o que viu, um show que pode não ter sido tão bom quanto o do ano anterior, mas que mesmo assim mostrou a qualidade do quinteto finlandês.