Com Andy Summers, ‘Call The Police’ toca sucessos do The Police no Vivo Rio
Da formação original, estava presente apenas o guitarrista Andy Summers, mas a plateia que praticamente lotou o Vivo Rio, no último dia 13 de abril, não pareceu se importar muito com o fato de que, no lugar do vocalista e baixista Sting, estivesse Rodrigo Santos, do Barão Vermelho, e na bateria, ao invés de Stewart Copeland, estivesse o Paralama João Barone. O projeto “Call The Police”, que realizou 11 apresentações pelo país, agradou em cheio os quarentões saudosos do trio britânico.
A turnê foi uma bela homenagem ao icônico grupo que influenciou tantos músicos ao redor do mundo. Em pouco mais de uma hora de espetáculo, um passeio pelos cinco discos lançados pelo Police, entre 1978 e 1983, trazendo de volta quase todos os hits da banda, exceção para “Don’t Stand So Close to Me”, inexplicavelmente deixada de fora do repertório.
Clássicos como “Synchronicity II”, que abriu a noite e representou o período de maior sucesso do trio, a balada “Walking On The Moon”, “Spirits In The Material World” e “Can’t Stand Losing You”, colocaram os antigos fãs para cantar e dançar, apesar de a casa ter colocado à venda somente ingressos para mesas e camarotes.
O setlist resgatou ainda canções menos conhecidas, como a linda “Invisible Sun”, “Hole In My Life”, “Tea In Sahara” e “Bring on The Night”, tendo essa última ficado mais conhecida pela gravação ao vivo, no segundo álbum da carreira solo de Sting, lançado em 1986 e que levava o nome da canção.
Um dos bons momentos da noite foi quando Rodrigo Santos alterou levemente o tom de “Roxanne” para que o hit se encaixasse melhor em sua voz, não tão preparada para os agudos característicos da interpretação original de Sting. O baixista, que já havia tocado com Summers em outras duas oportunidades, apresentando um repertório mais voltado para a Bossa Nova, foi uma bela surpresa, agregando personalidade às canções sem deixar que perdessem sua essência.
Aos 74 anos, Andy Summers que há mais de duas décadas vem ao Brasil quase anualmente, e fez um show histórico com o Police por aqui, em 1981, ainda domina a guitarra com competência, deixando no chinelo muitos músicos das bandas dos “garotos” de agora. Não é à toa que ainda hoje, o guitarrista seja referência quando o assunto é rock n’ roll.
João Barone, assumidamente influenciado pelo baterista Stewart Copeland e há anos apontado como um dos melhores do Brasil por público e crítica, encaixou-se com perfeição às músicas dos ídolos. No fim das contas, a homenagem, muito merecida, ao trio inglês foi uma ideia bacana e que ajudou a matar um pouco da saudade de quem não se contentou com a rápida turnê de retorno do grupo, em 2007.
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