CJ Ramone pode se reunir com Richie Ramone

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Foto: Marcos Chapeleta

CJ Ramone se encontrou com a imprensa na tarde dessa segunda-feira, 26, em um bar no centro de São Paulo. Muito carismático e sem papas na língua, o ex-baixista dos Ramones respondeu as perguntas sem rodeios. CJ está no Brasil em turnê do seu novo álbum “Last Chance to Dance”.

Durante a coletiva, ele revelou que está escrevendo um livro contendo todas suas histórias, incluindo sua época nos Ramones e momentos de backstage. CJ também disse que pretende lançar cinco discos de estúdio, além de um ao vivo, com chances de ser gravado no Brasil. O músico ainda pensa em trabalhar em outro projeto com o som mais pesado. Futuramente, o baixista pretende aprender a tatuar e abrir um estúdio.

Com exclusividade ao Ligado à Música, o artista falou sobre o novo disco, lembranças de Johnny Ramone, e uma possível reunião com Richie Ramone, ex-baterista dos Ramones.

LIGADO À MÚSICA: O álbum “Reconquista” foi criado como um tributo aos Ramones. Como você vê o segundo disco, “Last Chance to Dance”. Seria uma continuação ou foi produzido de outra forma?

CJ RAMONE: A maioria das músicas de “Reconquista” eu gravei em três ou quatro anos depois que o Ramones se aposentou. O tema das músicas era obscuro, em tempos difíceis. No novo disco, “Last Chance to Dance”, eu estava em turnê do disco “Reconquista”, então são mais divertidas.

LIGADO À MÚSICA: Você costuma dizer que o Johnny Ramone foi seu professor. Qual seria o maior ensinamento dele que marcou na sua carreira?

CJ RAMONE: A lição mais importante que o Johnny ensinou foi me manter focado e continuar trabalhando. Não desistir, ser determinado e manter a mesma vibração sendo tocando para 100 ou para 10 mil pessoas. Qualquer coisa que você fizer vai contar, tem que ser o mesmo diante de todas as pessoas, tem que ser perseverante. Ser o que você é, manter sempre focado pronto para qualquer coisa.

LIGADO À MÚSICA: Houve rumores na época do aniversario de 40 anos dos Ramones que poderia existir uma reunião com os integrantes remanescentes. Hoje você acha possível de acontecer?

CJ RAMONE: Não. Eu tentei, mas não é possível. Eu tentei algumas vezes. Depois que o Ramones se aposentou, existem comentários sobre todo mundo estar limpo, sobre quem foram os Ramones, quem é o real Ramones. Isso é estúpido. Eu não me preocupo com isso… de quem é importante, quem é quem. Isso não é importante. E é praticamente impossível essa reunião. Eu nunca digo nunca, mas é difícil. Recentemente recebi uma oferta interessante, com Joe Queer (The Queers), Ben Weasel (Screeching Weasel), Richie Ramone e eu, para gravar um disco juntos. Não sei se vai acontecer, mas é possível.

CJ se apresenta nesta terça-feira, 27, às 14h, no Estúdio Showlivre. A turnê continua por Belém (29/10 – Insano Marina Club), Fortaleza (30/10 – Let’s Go Rock Bar) e São Paulo (31/10 – Hangar 110). Depois segue para cinco apresentações na Argentina.

Agradecimentos: Costabile Salzano (The Ultimate Music), Marcos Cesar Bullino e Aline Saluceste.