Rock in Rio: Faith No More retorna ao festival com mosh mal calculado de Mike Patton

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Foto: I Hate Flash/Rock in Rio

Após quase 25 anos, o Faith No More retornou ao palco do Rock in Rio como uma das principais atrações do festival. A postura da banda na performance dessa sexta-feira, 25, foi diferente se for comparar com aquela apresentação matadora de 1991. Existem alguns fatores para isso, se for analisar. Naquela época, o grupo ainda pouco conhecido por aqui, fez um show marcante, com destaque para o jovem vocalista endiabrado Mike Patton. O FêNêMê (como era chamado na época) se tornou a revelação do festival, isso o fez se tornar popular por aqui e consequentemente ajudou a invadir as rádios do país com sucessos como “Epic”, “Falling To Pieces” e “Edge of the World”.

Atualmente, Patton está com 47 anos e com problemas no joelho direito, o que limita suas travessuras em cima do palco. Já os demais integrantes passam dos 50. Talvez isso seja um dos fatores que tornou o show morno que vimos ontem. O cantor sempre fez a diferença com suas improváveis performances, mas nessa nova vinda ao país, como nos shows do Rock in Rio, e em São Paulo, um dia antes, Mike aparentava estar mais cauteloso.

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Foto: I Hate Flash/Rock in Rio

Vestidos com o “uniforme” da nova turnê do álbum “Sol Invictus”, trajando roupa branca e com vasos de flores no palco, em referência à umbanda, o quinteto abriu o show com “Motherfucker”, primeiro single do disco recente. A faixa serviu de introdução para a energética “From Out of Nowhere”. Sem deixar esfriar, a banda tocou na sequência “Caffeine”. No final dessa música, Patton deu um mosh em direção ao público, porém, calculou errado e caiu sobre a grade, em direção dos fotógrafos. Mesmo abatido, o artista retornou ao palco para continuar a apresentação. Na sequência, rolou “Evidence”, cantada em português, e “Epic”, momento alto do show com a galera fazendo coro no solo de guitarra e teclado.

Depois disso, a plateia, em sua maioria fãs de Slipknot, não demonstrou muita empolgação, assim tornando um show com pouca energia e interatividade. Mike Patton ainda brincou com os presentes ao falar em português alguns palavrões como “caraleo” e “puta que pario”, também chamando todos de “cariocas” e perguntando se estava “tudo bem”. O setlist continuou com canções como “Midlife Crisis”, “Ashes to Ashes” e a recente “Superhero”. Outro ponto alto foi durante a execução da versão de “Easy”, do Commodores, com toda a galera cantando.

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Foto: I Hate Flash/Rock in Rio

Os caras então saíram do palco para descansar por alguns minutos e retornaram com o bis de três músicas. A primeira foi mais uma versão, dessa vez de “I Started a Joke”, do Bee Gee, seguindo com a clássica “We Care a Lot” e por fim, “Just a Man”, com Mike conduzindo a plateia com as mãos para cima, de um lado para o outro. Foi um show competente, bem executado, típico de uma banda madura. Mas, se tratando de Faith No More, faltaram as surpresas, principalmente do Sr. Patton. Pode ser uma nova etapa do grupo, que só vamos descobrir com o tempo.

https://www.youtube.com/watch?v=dMAEjXozORc

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