RSO (Richie Sambora & Orianthi) – Rise | Resenha

RSO (Richie Sambora & Orianthi) – Rise | Resenha

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Nota: 7

Depois de mais de três anos de parceria, Richie Sambora e Orianthi, ou também, RSO, lançaram o primeiro trabalho de estúdio juntos. “Rise” conta com 5 faixas e pouco menos do que vinte minutos, mas mostra a diversidade musical da dupla e a afirmação de que ambos não pretendem ficar presos em um só estilo.

Sejamos honestos, tudo o que não pudemos escutar nos últimos trabalhos do Bon Jovi, devido a falta de seu antigo parceiro, era o que esperávamos para esse primeiro contato com o RSO, ainda mais com os já lançados discos solos de Sambora. Orianthi, sua parceira de cordas, também é um caso a parte. A guitarrista conseguiu dividir os holofotes do filme “This is It” com ninguém menos que Michael Jackson. Sendo assim, a união desses dois em um único trabalho muito provavelmente tenha criado a esperança de ouvirmos algo mais pesado, puxado para o hard rock de seus antigos trabalhos, mas o que temos aqui é algo totalmente diferente.

Abrindo o EP, temos a faixa homônima do disco. Desde os primeiros segundos da canção as harmonias entre as guitarras da dupla soam como Jimi Hendrix, adicionadas a um tom de modernidade e um pouco de stoner rock. Destaque também para as harmonias vocais do casal. A seguir, a coisa muda totalmente de cor. “Masterpiece”, faixa mais fraca do EP, mais soa como uma canção da Mariah Carey. Fugindo totalmente do peso apresentado na faixa anterior, aqui destacam-se apenas os backing vocals de Sambora, pois nem mesmo o solo consegue ser de grande inspiração.

“Truth” ainda caminha por um pop rock fraco, mas dessa vez com pianos. Sem os vocais de Richie, mas ainda sim com refrões pegajosos, o destaque aqui fica por conta do arranjo acústico no meio da canção. Recuperando fôlego e aparentando um pouco mais de inspiração, temos “Take Me”. Swingada e um pouco mais rítmica, a canção, que conta até mesmo com trompetes, tem um feeling “western”. Nessa, Sambora lidera com o melhor que podemos obter de seus vocais rasgados.

“Good Times”, faixa derradeira, diverte o ouvinte com um pop country atual e divertido. “Se você quiser ficar comigo, é melhor me fazer rir”, cantam um para o outro durante a canção. Sem perder muito para Shania Twain, aqui o duo consegue trazer o ouvinte para um ótimo sing-along. Ainda durante a faixa, temos um trecho de rap liderado por K-OS. Para quem adquirir o EP pela loja oficial do duo, a canção ainda ganha uma versão bônus, em uma pegada mais reggae.

Assustador em um primeiro momento e até mesmo chocante em uma primeira escuta, “Rise” cresce e se mostra de uma grande qualidade em diversos momentos, assim que sua proposta é finalmente digerida. Um bom EP de entrada para a dupla, que deixa um gostinho de curiosidade para o que teremos a seguir em um álbum completo, em 2018. Qualidade musical é algo que não podemos questionar em qualquer um dos dois músicos, que sempre poderão nos surpreender.