Peter Bjorn and John – Breakin’ Point (Warner Music)

Nota: 6.0

Peter-Bjorn-John-Breakin-PointNa estrada desde o finalzinho da década de 1990, o trio sueco Peter Bjorn And John volta depois de cinco anos sem lançar nada inédito. “Breakin’ Point”, seu sétimo álbum de estúdio, sucessor de “Gimme Some”, de 2011, deixa um pouco de lado o Indie Rock que os consagrou e aposta suas fichas em um som mais dançante, com os pés fincados no pop.

Para isso, reuniram um time de seis produtores, entre eles, o britânico Paul Epworth,e o norte-americano Greg Kurstin, ambos responsáveis por sucessos de Adele. O resultado dessa nova investida? Um disco bem mais pop – e raso – do que os fãs mais exigentes certamente gostariam. São aproximadamente 40 minutos, divididos em 12 faixas que, apesar de impecavelmente bem produzidas, parecem estar a quilômetros de distancia do delicioso megahit da banda, “Young Falks”.

Não há muita coisa do tal rock “alternativo” aqui. O novo álbum surge de portas escancaradas para uma passagem sem volta para o mainstream. O que acontece é que, no final das contas, tudo acaba soando parecido demais, sem identidade própria. As músicas se confundem umas com as outras, jogadas no álbum de forma aleatória, e parecem completamente direcionadas para as rádios, ainda que estejamos em um momento em que o universo radiofônico já não tem lá muita importância.

É desconcertante essa sensação de mais do mesmo, vinda da audição do novo trabalho de uma banda que já foi tão promissora. Ao escutar “Breakin’ Point”, é só lembrar do CD homônimo de estreia, de 2002, para perceber esse retrocesso musical. “Dominos”, música que abre o disco, é pronta para as pistas e chega até a empolgar. Mas ao final da audição das 12 faixas, o ouvinte pode se pegar cantarolando um refrão grudento misturado a outro, sem nem perceber que não fazem parte da mesma canção.

Exceção pode ser a faixa título, ao lado de “Pretty Oumb Pretty Lenne”, um pouco menos óbvias. Depois de ler sobre o disco, pode ficar a impressão de que a banda não sabe mais fazer o som bacana lá de 2006, mas não é verdade. Tudo é muito bem executado, produzido. Só que agora, resolveram pegar a estrada da acomodação e do sucesso fácil.